segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Lição 10 – Milênio — Um tempo glorioso para a Terra

SUBSÍDIO PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

1º Trimestre/2016

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Apocalipse 20.1-6.

TEXTO ÁUREO: “[..] que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos” (Ap 20.4).

INTRODUÇÃO

A volta pessoal e visível de Cristo à Terra está prevista em toda a Bíblia. Deus estabeleceu o programa de um reino teocrático, iniciado com o povo de Israel, prosseguindo no período milenial e culminando no reino eterno. A Bíblia Sagrada mostra que, apesar de nossos temores, haverá uma era de tranquilidade e refrigério. Isto acontecerá quando o Senhor Jesus, logo após o Arrebatamento da Igreja e da Grande Tribulação, vier a este mundo instaurar o Milênio. Veremos que o Milênio, ao contrário do que muitos alegam, têm sólidas bases bíblicas. O Milênio refere-se ao período de mil anos em que Jesus Cristo reinará sobre toda a Terra, como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Será o cumprimento das profecias preditas por intermédio dos profetas nas Escrituras do Antigo Testamento (Is 11.4-9; 60.1-22; 65.8-25; Zc 14.6-9; 16-21). Será o melhor período da história de toda a humanidade. Na Plenitude do Reino haverá uma renovação de toda a criação, que atualmente geme esperando por este ditoso Dia (Rm 8.19-21). Durante todo esse período, Satanás estará preso (Ap 20.2) e o mundo gozará de uma genuína Paz que nunca houve até então; haverá a perfeita justiça, “e o efeito da justiça será paz; e a operação da justiça, repouso e segurança para sempre” (Is 32.17); “... a justiça e a paz se beijaram” (Sl 85.10). Nossa esperança é a efetivação do Reino de Jesus Cristo, que terá seu inicio na vinda de Cristo em glória, após a Grande Tribulação. O Senhor Jesus, na Oração Dominical, ensinou aos seus discípulos a orar assim: ”Venha o teu Reino” (Mt 6.10). A resposta desta oração será plenamente respondida quando o Senhor Jesus vier estabelecer o seu Reino Milenar, aqui na Terra, juntamente com os seus santos (a Igreja glorificada – Ap 5.10).

I – O REINO MILENIAL

1. A restauração da Terra. O planeta Terra foi dado por Deus "aos filhos dos homens" (Sl 115.16). No princípio, "tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar" (Gn 2.15). Além de cuidar do planeta, o homem teria o domínio da Terra, com autoridade delegada pelo Criador sobre todos os reinos naturais (Gn 1.28). Era o plano original de Deus que o homem, feito à sua imagem e semelhança, o representasse, cuidando do planeta. Todavia, o homem fracassou em cuidar de si mesmo e da Terra. Com a entrada do pecado no mundo e a Queda do homem, toda a natureza foi perturbada e atingida pelos nefastos efeitos do rompimento da comunhão do homem com o Criador (Gn 3.17,18). Diz Paulo: "Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora" (Rm 8.20-22). A Terra ou a criação aguarda a gloriosa redenção do homem e da própria natureza, quando Cristo assumir o Reino Milenial – “E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23).

2. A Terra será governada por Jesus (Zc 14.9) - “E o SENHOR será rei sobre toda a terra; naquele dia, um será o SENHOR, e um será o seu nome”.
A Terra será regida, não por monarquia, nem por democracia, nem por autocracia, mas sim por uma teocracia, isto é, o próprio Deus regerá o mundo na pessoa do Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo (Lc 1.32,33; Dn 7.13,14). Todas as formas de governo que já existiram e as que existem são falhas, umas mais, outras menos. Mostrando assim que elas não são perfeitas. Mas Cristo quando reinar será diferente, pois este será um período de completa glória divina no Seu domínio, governo, justiça e reino (Is 9.6; Is 11.4; Dt 18.18,19; Is 33.21,22; At 3.22). O Espírito Santo de Deus revelou aos profetas Miquéias e Isaías os detalhes de como será este governo milenar de Jesus Cristo:
"E julgará entre muitos povos, e arbitrará entre nações poderosas e longínquas; e converterão as suas espadas em relhas de arado, e as suas lanças em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra" (Miquéias 4.3).
"E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear" (Isaías 2.4).
É muito importante ressaltar que esse será o único e verdadeiro governo de paz e justiça mundial, cujo Rei será Jesus Cristo. O que estamos vendo hoje são governantes mundiais prometendo falsas promessas de paz com o objetivo de se autopromoverem.
Os judeus serão a cabeça federativa desse governo. A sede do governo milenial será em Israel e Jerusalém será a capital do mundo. O domínio de Cristo será universal (Is 2.2-4; 4.2,3; Jl 3.17-20; Mq 4.2).

3. Jerusalém será a capital do mundo (Is 24.23) - “...quando o Senhor dos Exércitos reinar no monte de Sião e em Jerusalém”. Estas palavras se coadunam com as do anjo que anunciou a Maria o nascimento de Jesus: “... O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. E reinará eternamente na casa de Jacó...” (Lc 1.32,33). Aqui, a casa de Jacó é a terra que Deus deu por herança eterna aos seus descendentes, o povo de Israel. E o trono de Davi é em Jerusalém, que foi a cidade onde Davi se fortaleceu e manteve o seu trono. Jesus Cristo é descendente de Jacó e de Davi (Mt 1.1,2). O anjo afirmou que o Filho de Deus reinará em Jerusalém, e seu reino não terá fim. De Jerusalém sairão diretrizes religiosas, leis civis e principalmente a Lei do Senhor. Para ela afluirão todas as nações: “E acontecerá, nos últimos dias, que se firmará o monte da Casa do SENHOR no cume dos montes e se exalçará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações” (Is 2.2). “E irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à Casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e nós andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém” (Mq 4.2).

II – O GOVERNO DE JESUS CRISTO

1. Jesus governará com os seus servos. Será uma Teocracia. Cristo reinará diretamente através de seus representantes. A profecia inicial disto está em Gn 49.10 - “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos”. Outras referências: Isaías 1.25,26; Daniel 7.27. Todos os reinos da Terra estarão sob o senhorio de Cristo. Cumprir-se-á em sua plenitude Filipenses 2.10,11: ”Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai”. Será realmente uma Nova Era na Terra e verdadeiramente aqueles que amam a Jesus serão sacerdotes de Deus com Ele, confirmando ainda mais sua herança em Deus e co-herança em Cristo - " E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados" (Rm 8.17).
Os judeus serão a cabeça federativa do governo. Daniel obteve esta mesma revelação, por parte do Espírito Santo de Deus (Dn 7.22, 27): "Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do [Deus] Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão”.

2. A Igreja reinará com Cristo (1 Co 6.2; Ap 5.10) – “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo?...”; “e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra”.
Não sabemos os detalhes de que forma a Igreja participará do Reino de Cristo no Milênio, sabemos apenas aquilo que o Senhor nos revelou em sua Palavra, a saber: teremos um corpo glorioso; espiritual; incorruptível; imortal (1 Co 15.42-44; 53,54), e reinaremos com Cristo (Ap 5.10). Sabemos também que o Senhor Jesus, após a sua ressurreição, passou quarenta dias na Terra e apareceu aos seus discípulos e a vários irmãos (1 Co 15.1-8); andou com seus discípulos (Lc 24.15); apareceu repentinamente dentre eles estando as portas fechadas (João 20.19,20); foi tocado (Mt 28.9; Lc 24.36-40) e; comeu com eles (Lc 24.41-43). Teremos igualmente um corpo glorioso (Rm 8.29,30; 1 Co 15.49; 1 João 3.2), sem limitações e superior a matéria (Lc 24.15,30,31,36-43; João 20.19,26,27; João 21.4-14; Fp 3.21).
Não podemos querer descobrir detalhes os quais Deus não nos revelou; para isso devemos saber apenas que existem realidades que a nossa mente jamais poderá imaginar por serem coisas sublimes e inexistentes nesta vida, as quais homem algum ou a nossa própria experiência pôde vivenciar ou ao menos ver (Dt 29.29).

3. A Nova Jerusalém. A Nova Jerusalém é a cidade celestial que foi feita para ser o local onde Deus habitará juntamente com os homens que lhe foram fiéis e aceitaram a sua oferta de submissão e obediência à sua Palavra.  É o local que substituirá o Éden como morada de Deus com os homens. Ela é explicitamente mencionada e revelada no capítulo 21 do livro do Apocalipse, mas, antes da visão do apóstolo João, já havia referências a ela nas Escrituras. O próprio Jesus já havia mencionado existir um lugar que seria por Ele preparado para que os seus servos nele habitassem para sempre com o Senhor (João 14.1-3). O objetivo de Deus é fazer com que tenhamos, novamente, um lugar onde possamos habitar com Deus, e a Nova Jerusalém é este local. Ela é “... a cidade que tem fundamento, da qual a artífice e construtor é Deus” (Hb 11.10), na qual Abraão, pela fé, esperava morar (Hb 11.10). Ela é a cidade desejada por Paulo, quando disse: “Mas a nossa cidade está nos céus...” (Fp 3.20). Ela é “... o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.3).
A Nova Jerusalém foi vista por João descendo do Céu – “E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a Santa Jerusalém, que de Deus descia do céu” (Ap 21.10). Isto, por certo, deverá acontecer no inicio do Milênio. Ao descer do Céu, ela não tocará a Terra, mas, como um Satélite, ficará entre o céu e a terra, sobre a Jerusalém terrestre, de onde poderá ser vista, quando, durante o Milênio, as nações e os reis da Terra subirem à Jerusalém para adorar a Deus, conforme declara Zacarias 14.16: “E acontecerá que todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorarem o Rei, o Senhor dos Exércitos...”.
Da Jerusalém terrestre, acreditamos que levantarão seus olhos e verão, de longe, a Formosa Jerusalém Celestial, pois, “... não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Ap 21.27).

III – ASPECTOS RELEVANTES DO MILÊNIO

1. Quem vai participar desse Reino. No Reino milenial de Cristo haverá dois grupos distintos de pessoas: a Igreja glorificada e os povos naturais.

a) Os crentes glorificados. São os constituídos dos santos do Antigo e do Novo Testamento, e dos santos advindos da Grande Tribulação. Estes estarão reinando com Cristo durante todo o Seu reinado aqui na terra. No estado glorificado os salvos não estarão limitados à Terra. Terão o constante privilégio de acesso ao trono do Pai, no Céu. Seus corpos ressurretos não estarão limitados pelas coisas físicas como os mortais. Serão como os anjos, que por terem corpos espirituais não são limitados pela matéria. Nossos corpos serão apropriados para estarmos na Terra e no Céu. Veja o exemplo de Jesus: quando apareceu aos discípulos; quando Ele foi reconhecido por Maria Madalena; estando entre os homens Seu corpo era tão semelhante ao de um homem comum que dois de seus discípulos, no caminho de Emaús, nada de mais notaram até o momento em que Ele desapareceu da presença deles.

b) Os povos naturais: judeus e gentios. Estes estarão em estado físico normal, vivendo na Terra. Os Judeus e gentios vivos que entrarem no Milênio, estarão no mesmo corpo que temos hoje, ou seja, não estarão em um corpo glorioso, logo, poderão multiplicar e encher a Terra novamente.
- Os judeus. Entre a família de nações milenares, a nação de Israel ocupará o lugar central (Dt 32.8-10). O anjo revelou a Maria, mãe de Jesus, que Ele estava destinado, como o Messias prometido, a reinar sobre o trono de Davi (Lc 1.32,33). É verdade que a Igreja recebeu as bênçãos espirituais dadas primeiramente aos judeus (Ef 1.18; 3.6; 1 Pe 2.9,10), mas esse fato não muda o propósito de Deus para aquele povo (Is 61.1-62.4; 66.7-24; Jr 31.31-40; Rm 11.13-28). Assim, com respeito ao Milênio, as promessas divinas aos judeus são irrevogáveis, e eles as estão aguardando. Israel acolherá a Jesus como Senhor e Messias, Rei dos reis e Senhor dos senhores (Zc 12.10; 13.6; 14.8,9,16,20,21). Será a nação líder e Jerusalém será a capital do mundo, conforme texto sagrado a seguir.

·     “E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR” (Is 2.3).

·     “Desperta, desperta, veste-te da tua fortaleza, ó Sião; veste-te das tuas vestes formosas, ó Jerusalém, cidade santa; porque nunca mais entrará em ti nem incircunciso nem imundo. Sacode o pó, levanta-te e assenta-te, ó Jerusalém; solta-te das ataduras de teu pescoço, ó cativa filha de Sião” (Is 52.1,2).

·     “Assim virão muitos povos, e poderosas nações, buscar em Jerusalém o Senhor dos Exércitos, e suplicar a benção do Senhor” (Zc 8.22).

A sede do culto ao Senhor na Terra será Jerusalém. Os cultos não terão a finalidade de sacrifícios para bênçãos ou como tipos visando profecias futuras, e sim, como memoriais. É como se fosse a Santa Ceia para nós hoje.
É válido ressaltar que o Antigo Testamento traz mais detalhes sobre o Milênio do que o Novo Testamento, isto se deve ao fato do Milênio ser uma promessa referente a Israel e as bênçãos do Milênio se estenderão sobre as nações da Terra partindo do governo de Jesus em Israel.

- Os gentios. Na volta triunfal de Cristo, haverá um juízo das nações gentias, citados por Mateus como as nações “ovelhas” e as nações “bodes” (Mt 25.31-36). As nações “ovelhas” serão julgadas aptas para a bênção do reino com base no tratamento dos “irmãos” (Israel) do Senhor. Alguns textos bíblicos deixam claro que haverá gentios no Milênio (Ap 20.7,8; Is 2.1-5; 11.5-10; 60.1-5; Zc 14.16-21). Na visão do profeta Daniel foi revelado que o Cristo teria domínio sobre um reino que abrangeria todas as nações (Dn 7.13,14).
Outrossim, os gentios que participarão do Milênio serão pessoas que terão se negado a adorar a Besta durante a Grande Tribulação, por força da pregação do evangelho nesse período tenebroso. Assim, por sua fidelidade, muitos gentios não morrerão com as pragas da consumação da ira divina nem na batalha do Armagedom (Ap 14.9,10). Por isso muitos gentios entrarão no Milênio.

2. Haverá um grande derramamento do Espírito Santo. Sendo o Milênio o Reino do Messias, e sendo o Espírito Santo aquele que glorifica a Cristo (João 16.14), é de se esperar um sublime e incomparável derramamento do Espírito Santo. O profeta Zacarias enfatizou muito bem o dia em que o Espírito Santo será derramado em toda a sua plenitude sobre o povo de Israel:

“Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito”(Zc 12.10).
Esse derramamento do Espírito será no momento mais cruciante da história de Israel, será quando os israelitas se virem cercados pelas nações da Terra (o exército do Anticristo e os advindos do Oriente) para destruí-los, e neste instante, sabendo que não escaparão da destruição fatal, clamarão ao Senhor por socorro. Nessa ocasião crucial, Jesus haverá de se manifestar com grande poder e majestade sobre Jerusalém e, juntamente com a sua Igreja glorificada, livrará Israel da certeira destruição. Israel pranteará, humilhado e arrependido, aceitando o Senhor Jesus, a quem rejeitaram na sua primeira vinda(Ap 1.7, Is 66.15,16; Zc 12.9,10)...

O derreamento do Espírito Santo se estenderá por todo o Milênio (Ez 36.27; 39.29). Deus disse, por meio de Ezequiel:

- “E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis” (Ez 36.27).

- “Nem esconderei mais a minha face deles, quando eu houver derramado o meu Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor JEOVÁ” (Ez 39.29).

3. Haverá um conhecimento universal de Deus (Is 11.9; 54.13; Mt 24.14). Haverá abundância de salvação (Is 33.6). Os judeus serão os mensageiros do Rei (Mq 4.1-3). Eles realizarão um grande movimento missionário (Is 52.7). “... a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is 11.9b). Com a difusão do conhecimento do Senhor, muitas pessoas se converterão. A evangelização será de fato uma das atividades primordiais dos seguidores de Cristo, como vaticinou o profeta Isaias: “Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Is 52.7). 

Haverá um avivamento mundial – “Assim, virão muitos povos e poderosas nações buscar, em Jerusalém, o SENHOR dos Exércitos e suplicar a bênção do SENHOR. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco” (Zc 8.22,23).

4. Haverá paz e justiça na Terra. No governo humano, sob a orientação e influência de Satanás a Terra nunca conheceu a paz e nunca foi governada com justiça. No Milênio haverá paz e justiça, na Terra - “... a justiça e a paz se beijaram” (Sl 85.10).

- Haverá paz. Haverá paz porque um dos nomes de Jesus é “Príncipe da Paz”(Is 9.6). “... e ele anunciará a paz às nações...”(Zc 9.10). “... e converterão as suas espadas em enxadas e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais guerra. Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem o espante...”(Mq 4.3,4).

Não apenas entre as nações, não apenas entre os homens, em particular, mas haverá paz, também, entre os próprios animais - “E morará o lobo com o cordeiro, o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho do leão, e a nédia ovelha viverão juntas, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e os seus filhos juntos se deitarão; e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca da áspede, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade...” (Is 11.6-9).

- Haverá justiça. “E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins” (Is 11.5). O pecado gerou uma situação de injustiça, de desigualdade entre os homens. Como explica a Bíblia, todo pecado é iniquidade (1 João 5.17) e, por causa do pecado, foi gerada uma situação de domínio egoístico entre os homens. Portanto, para que Jesus desfaça todas as obras do diabo, é necessário que se instale, ainda nesta Terra, um governo de justiça, de equidade, um governo onde não haja dominação egoística e exploradora de homens sobre homens. Por isso é necessário que haja o Milênio, para instaurar, nesta Terra onde vivemos, a justiça entre os homens.

5. A natureza será transformada. Um dos objetivos do Milênio é promover a redenção da natureza, que geme desde que o pecado entrou no mundo por força da desobediência do primeiro casal. E a situação vai piorar muito no decurso da Grande Tribulação. A situação ecológica do mundo estará, após a batalha do Armagedom, em situação de calamidade total. O governo desumano, belicista e ganancioso do Anticristo e as pragas divinas lançadas durante a Grande Tribulação causarão um enorme transtorno em toda a natureza, mas isto será a preparação para a redenção que se operará durante o reino milenial de Cristo. Assim como a mulher sofre dores antes de dar à luz um filho, assim, também, antes de promover a restauração da natureza, esta gemerá como nunca por causa do pecado e da rebeldia do ser humano.

Um dos grandes problemas na atualidade e que se intensificará como nunca na Grande Tribulação é o da água. Se hoje já começa a faltar água para a humanidade, a Bíblia diz que, na Grande Tribulação, a água dos mares e dos rios tornar-se-á imprestável para uso, notadamente após o derramamento das taças da consumação da ira de Deus. Mas, no Milênio, a Bíblia diz que haverá abundância de água (Is 30.25) e simplesmente desaparecerão os desertos (Is 35.1,2,7). Tudo isto contribuirá muitíssimo para a fertilidade do solo e o desaparecimento da fome.

Mas não será apenas a natureza sem vida que será restaurada. Também os seres vivos irracionais serão alcançados pela restauração da criação a ser promovida no Milênio. Além dos vegetais, que, com as mudanças climáticas, terão melhores condições de vida e não sofrerão mais o ataque depredador do homem, pois que a produção será voltada para a alimentação e a satisfação das necessidades, sem ganância, o que fará com que seja respeitado naturalmente o equilíbrio ecológico, os animais todos serão, como eram no princípio, herbívoros e será retirada a ferocidade atualmente existente, que nada mais é que a reação da natureza ao homem que a violenta diariamente e a violentou permitindo o ingresso do pecado no mundo. A Bíblia fala-nos que, durante o Milênio, o lobo e o cordeiro pastarão juntamente, o leão comerá palha como o boi (Is 65.25), assim como o leopardo se deitará com o cabrito e um menino pequeno guiará tanto o bezerro, quanto a ovelha e o filhote de leão (Is 11.6) e os animais jamais farão qualquer dano ao ser humano (Is 11.9; 65.25). Será, enfim, um ambiente de perfeita harmonia e paz entre o homem e a natureza.

6. Os judeus possuirão toda a Terra Prometida. Esse território vai do Mediterrâneo ao rio Eufrates (Gn 15.18; 17.8; Êx 23.31). Atualmente a maior parte da terra de Israel é um deserto seco e estéril. A fim de restaurá-lo, Deus fará fluir de sob o templo milenar um volumoso rio (Ez 47.1-12) – o mar morto será local de muitos peixes (Ez 47.10) -, o qual, juntamente com as copiosas chuvas que cairão, fará esse deserto florescer (Is 35.1).

7. A saúde será perfeita, por isso a vida humana será prolongada como no princípio da história humana (ler Is 65.20,22 e Zc 8.4). Haverá abundância de saúde para todos (Is 33.24). Isto em muito contribuirá para prolongar a vida. Não haverá deformado, nem paralíticos, nem aleijados (Is 35.5,6). Haverá muito mais luz (Is 30.26), e isto resultará em benefícios em muitos sentidos: influenciará no clima e na vegetação. Haverá um elevado índice de natalidade (Zc 8.5;10.8). Com o prolongamento da vida e muita saúde, será elevado o índice de natalidade e a população da Terra durante o Milênio será restaurada da redução que sofreu durante a Grande Tribulação (Zc 10.8).

8. Os velhos terão prazer (Is 65.20-22) – “Não haverá mais nela criança de poucos dias, nem velho que não cumpra os seus dias; porque o jovem morrerá de cem anos, mas o pecador de cem anos será amaldiçoado. E edificarão casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice”.

9. Não haverá déficit habitacional – todos terão moradia (Is 65.21,22): ”E edificarão casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice”. Haverá, portanto, um vasto programa de reconstrução (Ez 36.33-36).

10. A morte será apenas em caráter punitivo pela desobediência e rebeldia. Durante o Milênio ainda haverá morte na Terra. Isto ocorrerá porque os seus habitantes não estarão em corpo glorioso; entretanto, a morte será exceção e não regra e terá um caráter punitivo pela desobediência e rebeldia - “E sairão e verão os corpos mortos dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão um horror para toda a carne” (Is 66.24).

Diante de tudo isso que ocorrerá no Milênio eclode em nosso coração um desejo superlativo pela volta do Senhor. “Vem Senhor Jesus!”.

CONCLUSÃO

Ora, se o Milênio é tão maravilhoso, o que não diremos da Nova Jerusalém? O primeiro, apesar de suas realizações, será imperfeito e temporário; o segundo não, pelo contrário, há de ser eterno e perfeitíssimo. Já pensou quando entrarmos naquela cidade, cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus? Como descrever a formosa cidade? Como vimos, o Milênio será o período mais espetacular e glorioso da história humana. Será um tempo de paz, justiça, prosperidade e harmonia jamais vistos. Nele, o mundo experimentará um governo perfeito, conforme está escrito nas Escrituras Sagradas - “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23.5). Este “Renovo justo” será o próprio Jesus. Então, é certo que todos os problemas hoje existentes, e que nenhum governante pode e nem poderá resolver, o Rei Jesus terá para todos e para cada um a necessária solução - “Porque o Senhor consolará a Sião; consolará todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão como o jardim do Senhor; gozo e alegria se achará nela, ação de graças, e voz de melodia” (Is 51.3). Acima de tudo, será um Reino de justiça, onde Cristo será o Rei e governará com absoluta retidão (Is 11.3-5). Vale a pena ser crente! Vale a pena ser um seguidor fiel de Cristo! Senhor Jesus, ajuda-nos a cumprir nossa carreira neste mundo, para que possamos adentrar na Jerusalém Celeste. Queremos a tua companhia; desejamos ver o teu rosto. Sê conosco, meigo Salvador.



REFERÊNCIAS:

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_____. O Começo de Todas as Coisas: Estudos sobre o Livro de Gênesis. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 4º trimestre, CPAD, 2015.
ARRINGTON, French L. et STRONDSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada – Como interpretar a Bíblia de maneira fácil e eficaz. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
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Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Hebraico-Grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Vida, 1998.
CABRAL, Elienai. Escatologia – O estudo das últimas coisas. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 3º trimestre, CPAD, 1998.
Dicionário Barsa. São Paulo: Barsa Planeta, 2008.
ESEQUIAS, Soares. Manual de Apologética Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Bíblica Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
_____. O calendário da profecia. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.
_____. 1 Coríntios: Os problemas da Igreja e suas soluções. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 2º trimestre, CPAD, 2009.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
LAHAYE, Tim. Um milênio literal: Como Ensina as Escrituras. Porto Alegre: Actual Edições, 2006.
_____. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
LIETH, Norbert. O sermão profético de Jesus: uma interpretação de Mateus 24 e 25. Porto Alegre: Actual Edições, 2005.
LOPES, Edson. Fundamentos da Teologia Escatológica. São Paulo: Mundo Cristão, 2013.
LOPES, Hernandes Dias. 1 Coríntios: Como resolver conflitos na Igreja. São Paulo: Hagnos, 2008.
MACARTHUR, John. A Segunda Vinda. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. São Paulo: Vida, 2006.
RENOVATO, Elinaldo. O Final de Todas as Coisas: Esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
_____. 1 e 2 Tessalonicenses. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
_____. O Final de Todas as Coisas: Esperança e glória para os salvos. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 1º trimestre, CPAD, 2016.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
SILVA, Severino Pedro da. Escatologia, doutrina das últimas coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 1988.
_____. Apocalipse “Versículo por versículo”. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.
ZIBORDI, Ciro Sanches. Escatologia – a Doutrina das últimas Coisas. In: Teologia sistemática pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Lição 9 – A vinda de Jesus em Glória

SUBSÍDIO PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

1º Trimestre/2016

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Mateus 24.29,30; Apocalipse 19.19,20; 20.1-3.

TEXTO ÁUREO: “Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem, vindo sobre as nuvens [...]” (Mt 24.30).

INTRODUÇÃO

Na lição anterior, vimos o que é a Grande Tribulação e quando esta terá lugar. Agora, estaremos enfocando um assunto que, embora mui importante no programa divino, é pouco explorado: o retorno triunfal e visível de Cristo Jesus a este mundo. O que isto significa? E quando se dará tal evento? Qual a relação entre o arrebatamento da Igreja e o retorno glorioso de Cristo? Tratam-se do mesmo evento? É o que buscaremos responder nesta lição. A vinda de Jesus em glória é a verdade mais preciosa que contém a Bíblia Sagrada. Enche o coração do crente de gozo e eleva-o por cima das lutas, temores, necessidades, provas e ambições deste mundo, e o faz mais que vencedor em todas as coisas. Na sua gloriosa vinda, as nuvens serão a sua carruagem; os anjos, a sua escolta; o arcanjo, o seu arauto; e os santos, o seu glorioso cortejo. Na primeira vinda, a glória de Cristo não era perceptível: veio ao mundo de maneira muito singela e modesta, como um bebê, em meio a uma grande pobreza - Seu berço era um cocho de animais, uma manjedoura; sua mãe o envolveu em panos; Ele, sendo Deus, "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (Ap 19.16), se fez pobre (Zc 9.9; 2 Co 8.9). Mas na sua vinda em glória será diferente: sua glória será mui grandemente perceptível (Mc 14.62); Ele virá "com poder e grande glória" (Mt 24.30); Ele virá cercado de anjos (2 Ts 1.7); e virá com seus santos para reinar sobre a Terra (Jd 14). Antes que a batalha de Armagedon seja travada, aparece nos céus um sinal, o sinal do Filho do Homem (Mt 24.30). Seu sinal não é revelado, mas seu efeito é. Ele faz com que os exércitos abandonem a hostilidade mútua e unam-se contra o próprio Senhor. João diz: “E vi a besta e os reis da terra, com seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército” (Ap 19.19). Nesta ocasião, os exércitos hostis serão destruídos pelo Senhor. Aleluia!

I – JESUS VOLTARÁ E TODOS O VERÃO

1. Jesus voltará com poder e glória. Quando Cristo retornar à terra, ao fim do período da Grande Tribulação, Ele Se estabelecerá como Rei de Jerusalém, sentado no trono de Davi (Lc 1.32,33). Os pactos incondicionais exigem uma volta literal e física de Cristo para estabelecer o reino. O pacto de Abraão prometia a Israel uma terra, uma posteridade, um governante e uma bênção espiritual (Gn 12.1-3). O pacto da Palestina prometia a Israel a restauração e ocupação da terra (Dt 30.1-10). O pacto de Davi prometia a Israel perdão: meio pelo qual a nação poderia ser abençoada (Jr 31.31-34). A segunda vinda de Cristo, ainda que pessoal e visível, será muito diferente de Sua primeira vinda. Ele não voltará no corpo de Sua humilhação, mas num corpo glorificado e com vestes reais, Hb. 9.28. As nuvens do céu serão a Sua carruagem, Mt. 24.30, os anjos o seu corpo da guarda, 2 Ts. 1.7, os arcanjos os seus arautos, 1 Ts 4:16, e os anjos de Deus serão o seu glorioso séquito, 1 Ts 3:13; 2 Ts 1:10. Ele virá como Rei dos reis e Senhor dos senhores, triunfante sobre todas as forças do mal, havendo posto todos os Seus inimigos debaixo dos Seus pés, 1 Co 15:25; Ap 19:11-16. Jesus virá para destruir o Anticristo “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo sopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda” (2Ts 2.8). Depois que Satanás e "o homem do pecado" realizarem sua obra de engano e maldade (vv. 9,10), serão aniquilados quando da vinda de Cristo à terra, no fim da tribulação (ver Ap 19.20). “Vi o céu aberto, e apareceu um cavalo branco. O seu cavaleiro chama-se Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja com justiça”. (Ap 19.11). Este versículo narra o começo da segunda vinda de Cristo à terra, como Rei dos reis e Senhor dos senhores (v. 16). Ele vem do céu como o Messias-Vencedor (cf. 2 Ts 1.7,8) para estabelecer a verdade e a justiça (Sl 96.13), julgar as nações e aniquilar o mal (cf. Jo 5.30), trazendo consigo os exércitos celestiais - incluem todos os santos que já estão no céu (cf. 17.14). Suas vestes brancas confirmam esse fato. É esse o evento que os fiéis de todas as gerações aguardam.

2. O cortejo que acompanhará o Rei. O glorioso retorno de Cristo que, juntamente com a sua Igreja, virá instaurar, neste mundo, o Reino de Deus, de conformidade com o que predisseram os profetas, os apóstolos e o próprio Cristo (Is 9.6; Dn 7.13; Mt 6.10). Os exércitos que há nos céus são santos glorificados descritos em termos semelhantes de pureza no v 8. Os santos arrebatados devem voltar à terra com Cristo.

II – JESUS VOLTARÁ PARA DAR A DEVIDA RECOMPENSA AOS ÍMPIOS E PARA LIVRAR ISRAEL DO EXTERMÍNIO

1. A recompensa dos ímpios. Os dias são maus... Devemos orar pela volta de Cristo e pelo estabelecimento do Seu reino eterno no novo céu e na nova terra (Ap 21.1; cf. 2 Pe 3.10-12; Ap 20.11; 22.20). Devemos orar pela presença e manifestação espiritual do reino de Deus agora. Isso inclui a operação do poder de Deus entre o seu povo para destruir as obras de Satanás, curar os enfermos, salvar os perdidos, promover a justiça e derramar o Espírito Santo sobre seu povo. De acordo com o que podemos depreender dos vários textos proféticos, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, esta é a ocasião na qual o Senhor punirá os ímpios. “Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade que impiamente cometeram e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele” (Jd vv.14,15). Daniel 7.10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros. Zacarias 14.5 E fugireis pelo vale dos meus montes (porque o vale dos montes chegará até Azel) e fugireis assim como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o SENHOR, meu Deus, e todos os santos contigo, ó Senhor. Mateus 25.31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; 2 Tessalonicenses 1.7 e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder, Apocalipse 1.7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!

2. A batalha do Armagedom. Lemos sobre Armagedom em Daniel 11.40-45; Joel 3.9-17; Zacarias 14.1-3; Apocalipse 16.14-16. Essa grande batalha acontecerá nos últimos dias da Tribulação. João nos fala que os reis do mundo se reunirão "...para a peleja do grande dia do Deus Todo-Poderoso. ...no lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Ap 16.14,16). O local da reunião dos exércitos é a planície de Esdraelom, ao redor da colina chamada Megido, que fica no norte de Israel, a cerca de 32 quilômetros a sudeste de Haifa. Segundo a Bíblia, grandes exércitos do Oriente e do Ocidente se reunirão nessa planície. O Anticristo reagirá a ameaças ao seu poder provenientes do sul. Ele também tentará destruir a Babilônia restabelecida no leste antes de finalmente voltar suas forças contra Jerusalém. (Durante centenas de anos a Babilônia, localizada no atual Iraque, foi uma das cidades mais importantes do mundo. Segundo Apocalipse 14.8; 16.9; e 17-18, ela será reconstruída novamente nos últimos dias como uma cidade religiosa, social, política e economicamente poderosa). Enquanto o Anticristo e seus exércitos atacarem Jerusalém, Deus intervirá e Jesus Cristo voltará. O Senhor destruirá os exércitos, capturará o Anticristo e o Falso Profeta e os lançará no lago de fogo (Apocalipse 19.11-21). Quando o Senhor voltar, o poder e o governo do Anticristo terminarão. Daniel, Joel, Zacarias identificam Jerusalém como o local onde a batalha final entre o Anticristo e Cristo acontecerá. Todos os três preveem que Deus intervirá na história para salvar Seu povo e destruir o exército do Anticristo em Jerusalém. Zacarias prevê que a batalha terminará quando o Messias voltar à terra e Seus pés tocarem o Monte das Oliveiras. Essa batalha termina com a Segunda Vinda de Jesus à terra... A batalha termina antes mesmo de começar. A batalha de Armagedom – na verdade em Jerusalém – será o combate mais anticlimático da história. À medida em que João descreve os exércitos reunidos de ambos os lados, esperamos testemunhar um conflito épico entre o bem e o mal. Mas não importa quão poderoso alguém seja na terra, tal indivíduo não é páreo para o poder de Deus. O conflito de Armagedom será uma batalha real? A profecia de Armagedom não é uma alegoria literária ou um mito. Armagedom será um evento real de proporções trágicas para aqueles que desafiam a Deus. Será uma reunião de forças militares reais no Oriente Médio, numa das terras mais disputadas de todos os tempos – uma terra que nunca conheceu paz duradoura. Armagedom será também uma batalha espiritual entre as forças do bem e as do mal. Ela terá o seu desfecho com a intervenção divina e o retorno de Jesus Cristo.

3. O Anticristo se voltará contra Jesus (Ap 19.19). O Governo da Terra estará de acordo com a vontade de Deus, ou seja, será Teocracia, governo de Deus. Nenhum outro sistema de governo é representante de Deus na terra, Deus nunca intentou que houvesse monarquia (Os Hebreus é que pediram, com inveja dos governos ímpios à sua volta). Democracia nunca foi e nunca será o sistema de governo idealizado por Deus, pois está mais do que provado que os homens não sabem se governar; somente Jesus é senhor dos senhores e rei dos reis e pode governar sobre todos. 1 Sm 12.17 Pedirei ao Senhor que envie trovões e chuva para que vocês reconheçam que fizeram o que o Senhor reprova totalmente, quando pediram um rei". 18 Então Samuel clamou ao Senhor, e naquele mesmo dia o Senhor enviou trovões e chuva. E assim todo o povo temeu grandemente o Senhor e Samuel. 19 E todo o povo disse a Samuel: "Ora ao Senhor, o teu Deus, em favor dos teus servos, para que não morramos, pois a todos os nossos pecados acrescentamos o mal de pedir um rei". “E vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo. E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles  a quem foi dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos” (Ap 20.1-4).

4. O fim da batalha do Armagedom. Ap 20.2 PRENDEU O DRAGÃO... E AMARROU-O POR MIL ANOS. Depois da volta de Cristo e dos eventos do capítulo 19, Satanás será preso e amarrado por mil anos para que não mais engane as nações. Isso implica numa cessação total da sua influência durante mil anos. Depois dos mil anos, ele será solto por pouco tempo para enganar aqueles que se rebelarem contra o domínio de Deus (vv. 3,7-9). A obra mais comum de Satanás é enganar (ver Gn 3.13; Mt 24.24; 2 Ts 2.9,10). 20.3 PARA QUE MAIS NÃO ENGANE AS NAÇÕES. As nações que existirão durante o reino de Cristo na terra são formadas pelos crentes que estavam vivos no fim da tribulação (ver 19.21; 20.4). Embora a palavra "nações" seja, às vezes, especificamente usada para os ímpios, João também a usa para representar os salvos (21.24; 22.2). 20.4 TRONOS; E ASSENTARAM-SE SOBRE ELES. Aqueles que se assentam nos tronos são provavelmente os vencedores oriundos de todos os tempos (cf. 2.7) e possivelmente incluem os santos do Antigo Testamento (ver Ez 37.11-14; Ef 2.14-22; 3.6; Hb 11.39,40). Aqueles que "viveram" (i.e., voltaram à vida) depois da volta de Cristo são, conforme é declarado, os que foram fiéis a Ele e que morreram durante a tribulação (6.9; 12.17). João não menciona a ressurreição dos santos da igreja que morreram, porque ela já ocorreu quando Cristo retirou sua igreja da terra e a levou ao céu (ver Jo 14.3; 1 Co 15.51) 20.4 REINARAM COM CRISTO DURANTE MIL ANOS. Este reino de Cristo por mil anos é, às vezes, chamado "o milênio", termo de origem latina que significa "mil anos".

5. O julgamento divino. Em Apocalipse encontramos a declaração do apostolo João afirmando que o Armagedom será : “a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso” (Ap 16.14), e o dia do “Deus todo poderoso” nada mais é do que o dia do juízo final. O vale tem esse nome em homenagem ao rei Josafá. As Escrituras preveem um julgamento vindouro de Deus sobre todos os homens. Tal era a expectativa do salmista quando escreveu: “porque vem, vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, consoante a sua fidelidade (Sl 96.13). Paulo corrobora a mesma verdade ao dizer: “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (At 17.31). O julgamento das nações (Mt 25.31-46; Is 34.1,2; Jl 3.11-16). Na cronologia de Mateus 24 e 25, o julgamento das nações aparece em seguida ao julgamento de Israel. Esse julgamento acontece após a segunda vinda de Cristo à terra (leia Joel 3.1,2). Não é fácil identificar a localização do vale de Josafá. Alguns acreditam que seja sinônimo de ‘vale da bênção’ (2 Cr 20.26), em que Josafá derrotou os moabitas e os amonitas, cuja vitória deu ao lugar um novo nome. Outros acreditam que esse é o vale de Cedrom que fica nos arredores de Jerusalém.

6. A separação dos “bodes” das “ovelhas” (Mt 25.31-33). Mateus 25.31-46: Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; 32 e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; 33 e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda. 34 Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; 35 porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; 36 estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. 37 Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? 38 Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? 39 Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? 40 E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes. 41 Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai- vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; 42 porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; 43 era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes. 44 Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? 45 Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim. 46 E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna. De acordo com o que disse Jesus, o primeiro evento que há de ocorrer quando Cristo vier, o começo do reino eterno, será que se assentará a julgar, a Bíblia diz que haverá separação de ovelhas e de cabritos. Quem são as ovelhas? Jesus claramente falou em João 10, e disse que as ovelhas são os que pertencem ao Pai, desde antes da fundação do mundo, e que foram dados a Jesus, e ouviram a Sua voz, e Lhe seguiram. Em outras palavras, os crentes nascidos de novo, a Igreja, Seu povo! Quem são os cabritos? Os cabritos são os que não pertencem a Jesus, os ‘pecadores’ que negaram o evangelho. Uns irão para o castigo eterno, e outros para a vida eterna. Aqui se estabelece o destino final de cada grupo, uns (os cabritos) irão para o castigo eterno, e os outros (as ovelhas) irão para a vida eterna (o reino).

III – PREPARAÇÃO PARA O MILÊNIO

1. Satanás é preso por mil anos. Depois da volta de Cristo e dos eventos do capítulo 19, Satanás será preso e amarrado por mil anos para que não mais engane as nações. Isso implica numa cessação total da sua influência durante mil anos. Depois dos mil anos, ele será solto por pouco tempo para enganar aqueles que se rebelarem contra o domínio de Deus (vv. 3,7-9). João escreve que ele viu descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo”.

2. Quem estará no Milênio com Cristo? Haverá dois grupos distintos que ocuparão a terra durante o Reino Milenar – aqueles com corpos glorificados e os com corpos terrestres que viverem durante a Tribulação e entrarem no Reino Milenar. Aqueles com corpos glorificados consistem da Igreja, a qual receberá corpos glorificados no Arrebatamento (1 Tessalonicenses 4.13-18, 1 Coríntios 15.21-23, 51-53), e os que são ressuscitados depois da volta de Cristo à terra (Apocalipse 20.4-6). Os que têm corpos terrestres podem ser subdivididos em dois grupos: os crentes gentios e os crentes judeus (Israel). Para um estudo mais aprofundado sobre este assunto (de quem vai viver no Reino Milenar), dê uma olhada também nas seguintes passagens: Isaías 2.2-4; Zacarias 14.8-21, Ezequiel 34.17-24, Daniel 7.13-14; Miqueias 4.1-5.

CONCLUSÃO

Olhando para as coisas futuras que hão de acontecer, cabe a cada um de nós, estarmos prontos para o arrebatamento e escaparmos das coisas que acontecerão após o mesmo. O poder de Satanás não é, nem jamais será, capaz de resistir ao poder de Deus. Já vimos que Satanás é um derrotado (capítulo 12). Ele só pode fazer o que Deus permite, e Deus não lhe permite derrotar seus discípulos fiéis (1 Coríntios 10.13). É admirável que tantas igrejas e pregadores de hoje apliquem tanta da sua atenção ao trabalho do diabo derrotado. A mensagem de Apocalipse é clara, deveremos ver além do seu poder limitado e confiar no poder superior do Vencedor. Estará você entre os que acompanharão o Senhor Jesus em seu triunfal retorno à terra para derrotar Satanás e instaurar, aqui, o Milênio? Eis a promessa que encontramos em sua Palavra: “Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará” (2 Tm 2.12). Cristo amado, que jamais venhamos a negar-te o nome. Ajuda-nos a permanecer fiéis até aquele grande dia. E, contigo Senhor, queremos reinar. Amém!

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Abraão de. Manual da Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Vem o fim, o fim vem — A doutrina das últimas coisas. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 4º trimestre, CPAD, 2004.
_____. O Começo de Todas as Coisas: Estudos sobre o Livro de Gênesis. Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, 4º trimestre, CPAD, 2015.
ARRINGTON, French L. et STRONDSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada – Como interpretar a Bíblia de maneira fácil e eficaz. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
BERGSTÉN, Eurico. A Doutrina das últimas coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 1982.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Hebraico-Grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

LIÇÕES BÍBLICAS 2º TRIMESTRE DE 2016 – ADULTOS, CPAD.


TEMA: Maravilhosa Graça: O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos.

COMENTARISTA: Pr. José Gonçalves

SUMÁRIO:

Lição 1 - A Epístola aos Romanos 

Lição 2 - A Necessidade Universal da Salvação em Cristo

Lição 3 - Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo 

Lição 4 - Os Benefícios da Justificação 

Lição 5 - A Maravilhosa Graça 

Lição 6 - A Lei, a Carne e o Espírito

Lição 7 - A Vida Segundo o Espírito

Lição 8 - Israel no Plano da Redenção

Lição 9 - A Nova Vida em Cristo 

Lição 10 - Deveres Civis, Morais e Espirituais 

Lição 11 - A Tolerância Cristã 

Lição 12 - Cosmovisão Missionária

Lição 13 - O cultivo das relações interpessoais

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Lição 8 – A Grande Tribulação

SUBSÍDIO PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

1º Trimestre/2016

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Mateus 24.21,22; Apocalipse 7.13,14.

TEXTO ÁUREO: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” (Ap 3.10)


INTRODUÇÃO

Enquanto a Igreja arrebatada e ressuscitada está no céu (nos ares) com Cristo, inicia-se um novo e terrível período na Terra, identificado na linguagem bíblica como a Grande Tribulação. Esse período será precedido por vários sinais reconhecidos pelos que leem e estudam as profecias bíblicas. A Grande Tribulação é o “dia do Senhor”, no qual Deus entrará em juízo com um mundo altivo, rebelde e impenitente (Is 13.9-11; Ml 4.1). Tendo como base as Sagradas Escrituras, observemos, como poderemos definir esta tão importante doutrina.

I – A GRANDE TRIBULAÇÃO

1. O que é a Grande Tribulação? Analisada à luz do contexto bíblico, a palavra pode referir-se tão-somente a um tipo de pressão, aflição ou angústia que se passa na vida cotidiana. Outras vezes, tem o sentido escatológico. Logo, a Grande Tribulação é um “período de aflição e angústias incomuns que terá início após o arrebatamento da Igreja. Deus, o justo Juiz, estará enviando sobre o mundo o seu juízo” (Is 13.11). Será o período de maior angústia da história humana, em que os ímpios serão obrigados a reconhecer quão terrível é cair nas mãos do Deus vivo. Na língua hebraica, a palavra angústia é particularmente forte: tsará, que significa, ainda, necessidade e esposa rival. Evoca este termo as contendas que havia, por exemplo, entre Penina e Ana, que levaram esta a uma aflição quase que indescritível (1 Sm 1.15).
A Grande Tribulação recebe, igualmente, as seguintes denominações na Bíblia Sagrada:
a) Dia do Senhor. “O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor; amargamente clamará ali o homem poderoso” (Sf 1.14).
b) Dia da Angústia de Jacó. “Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela” (Jr 30.7).
c) Ira do Cordeiro. “E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo servo, e todo livre se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono e da ira do Cordeiro, porque é vindo o grande Dia da sua ira; e quem poderá subsistir?” (Ap 6.15-17).

2. A Igreja passará pela Grande Tribulação? Não. O objetivo principal da Grande Tribulação é peneirar (restaurar) a nação de Israel, que foi criada e formada por Deus, a partir da chamada de Abraão (Gn 12.2). Deus prometeu que Israel seria sua propriedade peculiar e uma nação santa, que duraria para sempre (Ex 19.5,6; 2 Sm 7.10). E para que Deus trate com Israel é necessário que a Igreja seja tirada da Terra. Quando isto acontecer, se reiniciará a contagem da septuagésima semana de Daniel, que corresponde o período da Grande Tribulação, e se encerrará com a volta gloriosa do Senhor Jesus para livrar Israel e implantar o seu reino milenar (Mt 24.29,30; Ap 1.7,8).
O apóstolo Paulo é claro ao afirmar que esse período da história terá como finalidade julgar todos os que não creram na verdade, mas antes, tiveram prazer na iniquidade (2 Ts 2.12). Ora, se a Grande Tribulação é um juízo para aqueles que não aceitaram a Cristo, por que haveria de a Igreja sofrer, vivendo na Terra durante esse período? Como poderíamos dizer que Deus é o Justo juiz (Jr 11.20; 2 Tm 4.8), se estabelecesse um juízo por causa da rejeição de Jesus e o derramasse tanto sobre os que creram em Jesus quanto sobre os que nEle não creram?
Muitas são as evidências na Bíblia Sagrada de que a Igreja não passará pela Grande Tribulação:
a) A Noiva de Cristo estará no Céu durante esse período e voltará com Ele para pôr termo ao império do mal: "vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. (...) E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro" (Ap 19.7-14).
b) A Palavra de Deus nos exorta a "esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura" (1 Ts 1.10). E o próprio Senhor Jesus disse: "Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do homem" (Lc 21.36, ARA). Note: "escapar de todas estas coisas", e não "participar delas".
c) Em Apocalipse 3.10, Jesus fez uma promessa à igreja de Filadélfia: "Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra". Contudo, esta mensagem não foi apenas para aquela Igreja, haja vista o que está escrito nos versículos 13 e 22 do mesmo capítulo -"Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas".
A promessa de livramento da tentação mundial é extensiva às igrejas. Conquanto os crentes de Filadélfia estivessem passando por tribulações, naqueles dias, não passaram pela "hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo", pois todos os mortos em Cristo têm a garantia de que não passarão pela Grande Tribulação; ressuscitarão e serão tirados da Terra antes dela. Da mesma forma, os vivos que guardarem a Palavra não passarão pelo tempo da angústia.
d) Antes de o Cordeiro de Deus desatar o primeiro selo, dando início a uma série de juízos (Ap 6), João viu os 24 anciãos diante de Deus, no Céu (Ap 4.4,10). Eles representam a totalidade da Igreja: as doze tribos de Israel e os doze apóstolos de Cristo. E isso prova que, desde o início da Grande Tribulação, os salvos já estarão no Céu.
e) Em Apocalipse 13.15, está escrito que serão mortos todos os que não adorarem a imagem do Anticristo. Se este fará guerra aos santos, a fim de vencê-los (13.4), quantos deles restariam para um arrebatamento durante ou depois do período tribulacionista? Tais santos mortos pela Besta serão os mártires da Grande Tribulação, e não a Igreja, que já terá sido arrebatada.
f) Em suas duas Epístolas aos Tessalonicenses, a ênfase de Paulo foi o Arrebatamento da Igreja. Ao mencionar esse glorioso evento pela primeira vez, ele deixou claro que Jesus nos livrará da ira vindoura (1 Ts 1.10). E isso é confirmado ainda na primeira Epístola - "quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição (...) e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão" (1 Ts  5.3,4).
Conforme o texto acima são os que estão "em trevas" que não escaparão da destruição. Os filhos da luz (1 Ts 5.5) já terão sido arrebatados (1 Ts 4.16-18). Por isso, mais adiante, Paulo reafirma que os salvos escaparão da ira futura: "Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Ts 5.9).
g) Na passagem de 2 Tessalonicenses 2.6-8 vemos a reiteração de que a Igreja não estará sob o domínio do Anticristo e seu comparsa, o iníquo Falso profeta:
“E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado; e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda”.
Se o mistério da injustiça opera, por que a Besta e o Falso profeta ainda não se manifestaram de maneira visível? O que os detém? Quem os resiste? Quem será tirado da Terra, para que o Anticristo e seu aliado tenham total liberdade até à esplendorosa vinda de Cristo? A única revelação que temos, retratada pelo próprio apóstolo Paulo, é que o povo de Deus será tirado do mundo, no aparecimento de Jesus Cristo (Tt 2.13,14; 1 Ts 4.17). E, se é "depois disso" que será revelado o Iníquo (gr. anomos, "transgressor", "sem lei", "desordeiro", "subversivo"), então estamos diante de mais uma prova de que a Igreja não passará pela Grande Tribulação.
Todas as mensagens registradas em Apocalipse às igrejas da Ásia possuem mandamentos e exemplos para nós, hoje, quanto à manutenção do amor e da fidelidade (Ap 2.4,10; 3.11); quanto às falsas profecias (Ap 2.20-22); quanto ao perigo de Jesus estar do lado de fora do nosso coração (Ap 3.20), etc.  Portanto, não há dúvidas de que a promessa de livramento da hora da tentação é extensiva a todos os salvos.

II – A MANIFESTAÇÃO DA TRINDADE SATÂNICA NA GRANDE TRIBULAÇÃO

1. A manifestação do Anticristo. Acontecerá logo após Arrebatamento da Igreja. Buscamos esta certeza no ensino de Paulo, quando diz: ”E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda” (2 Ts 2.6-8).

Observe:

- “...E agora, vós sabeis o que o detém...”. O mundo pode ser comparado a uma grande represa. Existe um poder que detém a força das águas, existe uma sólida e inquebrável barreira que não permite a ação livre e desenfreada de Satanás. Ele, pela sua influência “agita as águas”, mas não pode fazer com que elas se transformem numa grande e tempestuosa corrente, arrastando tudo para o mar da eternidade e para a perdição eterna. Contudo, essa barreira que contém a fúria das águas, não será destruída pelo inimigo, mas será removida, de acordo com o plano divino.
- “...Somente há um que, agora, resiste...”. Para resistir o poder de Satanás, e é ele que irá ungir o Anticristo, tem que ser alguém maior e mais forte do que ele. Este alguém, para nós, não é outro, senão, o Espírito Santo, que sendo a Terceira Pessoa da Trindade, tem em si mesmo a Onipotência. Ele, o Espírito Santo é aquele que “agora, resiste”. Há quem sustente ser a Igreja. Porém, podemos afirmar que a Igreja, sem o Espírito Santo, não tem nenhum poder, em si mesma.
- “...E, então, será revelado o iníquo...”. Este “iníquo” que será revelado não é outro senão o próprio Anticristo, aquele que “cuidará em mudar os tempos e a lei” (Dn 7.25). A expressão “iníquo” está ligado à iniquidade, ao desrespeito às leis. Ele estará acima das leis, será senhor absoluto, sem qualquer reconhecimento aos direitos individuais e à equidade. Paulo, referindo-se ao Anticristo, diz: “...esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça...”(2 Ts 2.9-10).

2. Um governo único. Leia Dn 7.24,25. Desde Ninrode (bisneto de Noé), governantes anseiam por estabelecer um governo único no mundo. Aconteceu com os governadores dos impérios: Egípcio, Assírio, Babilônico, Persa, Grego e Romano. O Anticristo será o último déspota governador mundial. A Bíblia o chama de Besta, isto é, de fera, porque não terá dó nem piedade de quem quer que seja.
Sendo o mais exímio líder político de todos os tempos, o Anticristo exercerá o poder na sua forma mais nua e crua, sem qualquer traço de moralidade ou de ética. Como odeia tudo que se relaciona com Deus, será um implacável e sanguinário perseguidor dos santos naquele dia (isto é, dos que se converterem a Cristo durante a Grande Tribulação), bem como de Israel, que é propriedade peculiar de Deus (Ex 19.5,6). Fará, por isso, guerra aos santos e os vencerá e destruirá (Dn 7.25; Ap 13.7). Sua crueldade não encontrará similar em toda a história da humanidade, e observemos que a história traz-nos retratos de grandes carnificinas, como as dos milhares de mortos durante as dez perseguições romanas contra os cristãos, dos milhares de mortos durante a Inquisição na Idade Média, dos sucessivos martírios em massa de judeus na Europa nas Idades Média e Moderna, do holocausto de seis milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial pelos nazistas, dos mais de trinta milhões de mortos por Stálin na União Soviética, mas, pasmem, nada disto se compara ao banho de sangue que está preparado para ocorrer durante o governo do Anticristo. A crueldade é uma marca tão proeminente do seu governo que as Escrituras costumam identificá-lo com o nome de Besta, não cessando de lembrar que vem de um império (império romano restaurado) cuja característica principal é o de devorar e partir em pedaços as suas presas (Dn 7.23).
Após os sete anos de domínio mundial do Anticristo virá Jesus com a sua Igreja (Ap 19.11,13-16) para destruir o império do Anticristo, julgar as nações e estabelecer o seu reino milenar (Is 9.6; Dn 7.13,14; Lc 1.33). Todos aqueles envolvidos com o Anticristo serão mortos, não haverá nenhum sobrevivente, com exceção do Anticristo e do Falso profeta, os quais serão jogados, vivos, no lago de fogo e enxofre (cf. Ap 19.20,21).

3. O falso profeta. Elemento integrante da trindade satânica que induzirá todos a adorarem o Anticristo. Ele se levantará depois do Anticristo, mas ambos atuarão ao mesmo tempo: o Anticristo agirá no campo político; o Falso profeta, no campo religioso. O Falso profeta emergirá da terra (Ap 13.11), ou seja, de Israel. Deverá ser um judeu. Também, o Anticristo provavelmente seja um judeu, talvez nascido em outro país. O fato de ser aceito como Messias reforça a ideia de ser um judeu.
- O Falso profeta foi visto como tendo “dois chifres semelhantes aos de um cordeiro” (Ap 13.11). Ora, o fato de ter a aparência de um cordeiro é a indicação de que surgirá com uma aparência de pureza, de santidade, de grande religiosidade. O falso profeta aparecerá como um homem santo, um homem que se encaixará, perfeitamente, nas descrições religiosas de devoção, de espiritualidade elevada e de santidade. Uma das principais características das falsas religiões é se prender à aparência. Sabendo disto, o diabo promoverá o surgimento de um homem que “será semelhante ao cordeiro”, ou seja, terá a aparência, o perfil, o comportamento exterior de um santo homem. Entretanto, o texto bíblico diz que será semelhante, ou seja, não será como o cordeiro, apenas parecerá com ele. Seu interior, porém, será iníquo, extremamente mau, pois, diz-nos o texto sagrado, que este falso profeta falará como o dragão, ou seja, no seu interior, a exemplo do que ocorre com a outra besta, este falso profeta estará totalmente dominado e envolvido pelo diabo, que será quem falará por ele. Sua missão será ser o porta-voz do próprio diabo. Quando o falso profeta abrir a boca, será o próprio diabo que estará falando.
- O Falso profeta, líder religioso (Ap 13.11), promoverá a união de todas as seitas e credos existentes. Época em que o ecumenismo se fortalecerá, formando um tempo de operações de sinais e prodígios de mentira (2 Ts 2.9). O seu trabalho será o de promover a adoração do Anticristo pela humanidade. À frente da liderança religiosa do mundo, o Falso profeta promoverá o reencontro do poder político com o poder religioso, pois, uma vez no controle dos movimentos religiosos mundiais, fará com que todos reconheçam o poder do Anticristo. Por isso, é dito em Apocalipse 13.12 que ele exercerá todo o poder da primeira besta na sua presença, ou seja, levará todas as religiões do mundo a reconhecer o Anticristo como sendo um verdadeiro deus, o salvador do mundo.
- O Falso profeta usará a arma do controle para garantir a adoração do Anticristo (Ap 13.16-18). Esse será um tempo de cerco, de perseguição, de controle, de monitoramento das pessoas - no aspecto político, religioso e econômico. Todo regime totalitário busca controlar as pessoas e tirar delas a liberdade. A recusa na adoração a primeira besta implicará em morte (Ap 13.15b).
- O Falso profeta fará, também, sinais e maravilhas, a fim de levar o povo a adorar o Anticristo (Ap 13.13). Entendem alguns que será o falso profeta quem explicará a suposta ressurreição do Anticristo (cf. Ap 13.12), mostrando aos homens que essa ressurreição será verdadeira e a prova de que o Anticristo é um deus, um homem superior e que merece adoração. Diz-nos, porém, as Escrituras Sagradas que o falso profeta fará cair fogo do céu (Ap 13.13), o que, certamente, provocará na população a mesma reação que tiveram os israelitas no Monte Carmelo (vide 1 Rs 18.25-39), bem como aparentemente dará vida a uma imagem do Anticristo (cf Ap 13.15), que mandará que seja construída para que todos a adorem. Estes e outros sinais darão suporte para o estabelecimento da religião mundial de adoração ao Anticristo.
Com todos esses prodígios que o Falso profeta realizará à vista das pessoas e da mídia, certamente não terá dificuldade para convencer todos a aceitarem a plataforma de governo do Anticristo.

III  – O JUÍZO DE DEUS SOBRE O MUNDO (Ap 6.1-17; 8.1-14)

1. O livro selado e sua abertura (Ap 5.1). As atenções de João, em Apocalipse 5, passam da visão do Trono de Deus a um objeto em sua mão direita: um rolo selado com sete selos - "Vi, na mão direita daquele que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos" (Ap 5.1).
Como consequência da impossibilidade e da tristeza de não haver um ser humano digno de abrir este rolo, João chora desesperadamente, por temer o que ocorreria com o destino da humanidade (Ap 5.2-4). Ao que tudo indica, o rolo representa a posse, a legalidade, o direito de governo sobre toda a Terra e seus habitantes e João chora desesperado porque ninguém é capaz de abrir esse documento e retomar a posse da Terra. Na realidade, o direito de governar sobre a Terra havia sido dado por Deus a Adão, que pecou e entregou o direito à serpente, Satanás. Muitos não prestam atenção a um detalhe que Satanás disse a Jesus no episódio da tentação de 40 dias no deserto. Vejam o que ele arrogantemente disse a Jesus em Lucas 4.6: "Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser".
Em outras palavras, o Diabo disse a Jesus: "Eu tenho a posse, o direito de governar sobre a humanidade, e dou a quem bem entendo". João sabia muito bem disso e por isso chorava profundamente. Entretanto, Jesus veio para desfazer as obras do diabo (1 João 3.8). E João é consolado imediatamente (ler Ap 5.5,6) - “E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e desatar os seus sete selos”.

2. O Primeiro Selo. O Cavalo Branco (Ap 6.2) – “E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer”.
Imediatamente após Jesus abrir o Primeiro Selo nos céus, aparece na Terra o primeiro dos quatro cavaleiros do Apocalipse. Este primeiro cavalo (branco) representa o Anticristo. Não é o mesmo cavalo branco em que Jesus vem montado na ocasião do seu Aparecimento Glorioso, em Apocalipse 19. Definitivamente são contextos diferentes.
A ascensão do Anticristo será favorecida com o cenário político-econômico atual. A ONU simplesmente não é mais respeitada pelas nações. Cada nação segue seu curso independentemente de respeitar as vizinhas. Um exemplo de como o mundo está clamando por um líder mundial ocorreu no momento da posse do presidente Barack Obama. Obviamente não estamos dizendo que Obama seria o Anticristo, mas o que vimos em sua posse confirma que a reação da população mundial à chegada do Anticristo será muito similar, confirmando a profecia bíblica de que ele será adorado. Obama foi ovacionado, comemorado ao redor do mundo como a ideal esperança da liderança mundial. Alguns telejornais se referiam a ele como "o salvador do mundo", o que é assustador. Exatamente assim será a recepção do Anticristo por parte da população mundial, o que facilitará sua rápida ascensão. O Anticristo será adorado, a ponto de usurpar a posição de Messias que só pode ser dada a Jesus Cristo. Por isso Apocalipse 6.2 diz que ao cavaleiro do cavalo branco foi "dada uma coroa, e ele saiu vencendo e para vencer”.

3. O Segundo Selo. O Cavalo Vermelho (Ap 6.3,4) – “E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem e vê! E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada”.
O Segundo Selo aberto pelo Cordeiro revelou o Cavalo Vermelho, cujo cavaleiro retirou, precisamente, a paz da terra, permitindo que os homens se matassem uns aos outros e a quem foi dada uma grande espada (Ap 6.4). Dar uma espada, na Bíblia, muitas vezes é uma forma de dizer que se dá a autoridade a alguém. No caso, a autoridade mundial é dada ao Anticristo.
O Cavalo Vermelho representa uma guerra de grandes proporções, muito provavelmente uma terceira guerra mundial. Isso porque o Cavalo Vermelho consegue "tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros". Esta guerra será provocada porque nem todos os líderes mundiais cederão facilmente o seu controle ao Anticristo. Por isso, estas nações preferirão guerrear até a morte a simplesmente a submeterem-se passivamente ao governo do Anticristo.

4. Terceiro Selo. O Cavalo Preto (Ap 6.5,6) – “E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o terceiro animal, dizendo: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo preto; e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro; e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho”.
O Terceiro Selo trouxe o Cavalo Preto, cujo cavaleiro trazia uma balança na mão. Este cavalo representa a inflação incontrolável por causa da guerra. Alguns teólogos concordam que o Cavalo Preto possa representar também a fome causada pela guerra. A palavra "denário" (em outras traduções, "dinheiro") significa o salário diário - nos tempos bíblicos - para o mínimo de subsistência. Equivale ao nosso salário mínimo dos tempos de hoje, que nem sempre garante necessariamente a subsistência. O versículo 6 diz: "Uma medida de trigo por um denário [um salário de um dia de trabalho], e três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho". Isto significa que o dinheiro das pessoas irá valer muito pouco, e que para se comprar o mínimo, será necessário todo o salário, devido à inflação alta provocada pela guerra mencionada em Apocalipse 6.4,5.
O texto fala também do azeite e do vinho. Somente como informação histórica, estes dois elementos, no tempo bíblico, eram produtos caríssimos. Somente os ricos tinham acesso a grandes quantidades destes produtos. O fato do versículo 6 dizer para não se danificar o azeite e o vinho, pode muito bem indicar que os produtos dedicados aos ricos não serão afetados pela inflação e pela guerra. Como sempre, quem sofrerá com a guerra serão as pessoas comuns.

5. Quarto Selo. O Cavalo Amarelo (Ap 6.7,8) – “ E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo amarelo; e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra”.
O Quarto Selo revelou um Cavalo Amarelo, cujo cavaleiro era a Morte e que era seguido pelo inferno e a quem foi dado o poder para matar a quarta parte da população mundial, com espada, com fome, com peste e com as feras da terra. Toda guerra obviamente gera morte. Entretanto, o pós-guerra provocado pelos cavalos anteriores contribuirá para o cenário de mortandade.
A taxa de mortalidade até este momento da Tribulação será absurda: tomando como base que somos, hoje, mais de 7 bilhões de habitantes no planeta, e sem considerar quantas pessoas seriam arrebatadas antes do início da Tribulação, um quarto de toda população mundial (mais de 1,75 bilhão de pessoas) morrerá " à espada" (durante a guerra) ou "por meio das feras da terra" (ficarão ao relento e sofrerão ataques até dos animais da terra).

6. Quinto Selo. Os Mártires (Ap 6.9-11) - “E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E a cada um foi dada uma comprida veste branca e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos que haviam de ser mortos como eles foram”.
Este Selo mostra os mártires, ou seja, aqueles que morreram por Cristo durante a Tribulação. Eles fazem parte da colheita de almas que acontecerá durante a Tribulação. O Anticristo perseguirá e matará quantos cristãos ele puder durante seu governo mundial. Todos que morrerem durante a Tribulação, por darem testemunho verdadeiro de Jesus, "por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam", serão feitos mártires no Céu.
Esses mártires clamam por justiça diante do Trono de Deus (Ap 6.10). Apesar do clamor, o período de Tribulação cumprirá sua duração prevista na profecia bíblica e seguirá seu curso até o final - "até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram". Será o período de maior crueldade contra os cristãos, mas a esses que clamam por justiça é pedido "que repousassem ainda por pouco tempo", até que o Período da Tribulação seja completado.

7. O Sexto Selo. Terremoto mundial (Ap 6.12-14) – “E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue. E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos do seu lugar”.
Os acontecimentos a partir do Sexto Selo ocorrerão no segundo período da Grande Tribulação. Este Selo, assim que é aberto, dispara uma série de catástrofes na Terra. O primeiro deles é um terremoto gigantesco, em nível mundial, indicando que chegou o grande dia da ira de Deus. A violência do terremoto será tamanha que até montes e ilhas se moverão de seus lugares originais. Vimos exatamente isso acontecer na ocasião do tsunami provocado pelo megaterremoto em dezembro de 2004 na Tailândia. A intensidade do movimento das placas tectônicas foi tão grande que houve um ligeiro deslocamento da latitude e longitude de algumas ilhas da região. Houve, na realidade, um deslocamento de alguns metros das ilhas da região no pós-terremoto.
Além disso, o Sexto Selo indica que haverá enegrecimento nos céus, a lua tornar-se-á em cor de sangue (cumprindo Joel 2.31) e que estrelas (muito provavelmente meteoritos) cairão sobre a Terra, provocando destruição.
A passagem diz também que "os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?" (Ap 6.15-17). Em outras palavras, as pessoas terão plena consciência de que estarão vivenciando o período da Grande Tribulação. O mundo saberá que estará debaixo de juízo divino nessa ocasião. E sabem muito bem que o juízo vem de Deus Pai e de Jesus Cristo, porque se referem aos autores do juízo como a "face daquele que se assenta no trono" e a "ira do Cordeiro".

8. o Sétimo Selo. Vejamos o que diz Ap 8.1,2: “E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora. E vi os sete anjos que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas”.
O Sétimo Selo traz a revelação de sete trombetas, que são sete ais, ou seja, sete lamentos que serão pronunciados em virtude do sofrimento que terão os habitantes da Terra. As trombetas são respostas às orações dos santos, uma demonstração da vingança de Deus pelos males sofridos por seus servos durante o primeiro período da Grande Tribulação, pela rejeição de Cristo pelos desobedientes (Ap 8.4).

Eis os juízos das sete trombetas:

- PRIMEIRA TROMBETA: SARAIVA, FOGO E SANGUE (Ap 8.7)

“E o primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e fogo misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada na sua terça parte; queimou-se a terça parte das árvores, e toda a erva verde foi queimada”.

Trata-se de uma chuva de saraiva (granizo), misturado com fogo e sangue que descerá do céu. Esta chuva queimará um terço de toda terra fértil, das árvores e de todas as plantas.

- SEGUNDA TROMBETA: UMA MONTANHA DE FOGO (Ap 8.8,9)

“E o segundo anjo tocou a trombeta; e foi lançada no mar uma coisa como um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar. E morreu a terça parte das criaturas que tinham vida no mar; e perdeu-se a terça parte das naus”.

João usou o termo "montanha de fogo" para descrever um grande meteoro (ou cometa) que cairá no mar, matando um terço da vida marinha, transformará um terço da água do mar em sangue e destruirá um terço de todas as embarcações. Será o maior desastre ecológico marinho de todos os tempos.

- TERCEIRA TROMBETA: ESTRELA CHAMADA ABSINTO (Ap 8.10,11)

"E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas. E o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas".

Mais um cometa (ou meteoro) que cairá na Terra, e ao cair, afetará um terço de todas as fontes de água, tornando-as amargas e venenosas. O nome Absinto foi dado por João porque o fruto absinto é amargo, e neste caso, o cometa tornará amargas as águas, ou seja, a terça parte das águas doces potáveis da Terra tornar-se-ão impróprias para a bebida. Muitas pessoas morrerão porque beberão dessa água.

- QUARTA TROMBETA: TREVAS (Ap 8.12)

“E o quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, e a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas, para que a terça parte deles se escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, e semelhantemente a noite”.

Deus fará com que o sol, a lua e as estrelas diminuam sua luz e calor (no caso do sol) em um terço. Significa que o dia terá um terço a mais de escuridão e, mesmo quando for durante o dia, a luminosidade e o calor do sol serão um terço menor. O dia será mais frio e menos iluminado.

- QUINTA TROMBETA: ATAQUE DOS GAFANHOTOS DE APOLIOM (Ap 9.1-11)

“E o quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como a fumaça de uma grande fornalha e, com a fumaça do poço, escureceu-se o sol e o ar. E da fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder como o poder que têm os escorpiões da terra. E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm na testa o sinal de Deus. E foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem; e o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião quando fere o homem. E naqueles dias os homens buscarão a morte e não a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles. E o aspecto dos gafanhotos era semelhante ao de cavalos aparelhados para a guerra; e sobre a sua cabeça havia umas como coroas semelhantes ao ouro; e o seu rosto era como rosto de homem. E tinham cabelos como cabelos de mulher, e os seus dentes eram como de leão. E tinham couraças como couraças de ferro; e o ruído das suas asas era como o ruído de carros, quando muitos cavalos correm ao combate. E tinham cauda semelhante à dos escorpiões e aguilhão na cauda; e o seu poder era para danificar os homens por cinco meses. E tinham sobre si rei, o anjo do abismo; em hebreu era o seu nome Abadom, e em grego, Apoliom”.

João vê espíritos malignos, chamados de “gafanhotos” que, por cinco meses, atormentarão os homens, período em que ninguém morrerá. Só o fato de, durante cinco meses, a morte não ocorrer irá trazer enormes problemas para o mundo, até porque se estará em época de grande escassez de alimentos, por causa dos juízos das trombetas anteriores. Como se não bastasse isso, o sofrimento atroz causado por estes espíritos malignos, que as Escrituras informam serem anjos caídos que estiveram aprisionados até então, pela sua perversidade, bem demonstram quão terrível será o sofrimento nessa época.

- SEXTA TROMBETA: OS QUATRO ANJOS LIBERTADOS (Ap 9.13-19)

“E tocou o sexto anjo a trombeta, e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro que estava diante de Deus, a qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos que estão presos junto ao grande rio Eufrates. E foram soltos os quatro anjos que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens. E o número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões; e ouvi o número deles. E assim vi os cavalos nesta visão; e os que sobre eles cavalgavam tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre; e a cabeça dos cavalos era como cabeça de leão; e de sua boca saía fogo, e fumaça, e enxofre. Por estas três pragas foi morta a terça parte dos homens, isto é, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre, que saíam da sua boca. Porque o poder dos cavalos está na sua boca e na sua cauda, porquanto a sua cauda é semelhante a serpentes e tem cabeça, e com ela danificam”.

Nesta Sexta Trombeta, espíritos malignos serão soltos para matar a terça parte dos homens. Após cinco meses sem morte, haverá uma grande peste que matará a terça parte dos homens, de uma hora para outra, o que, certamente, trará enormes transtornos. Enquanto os homens sem Deus morrem, a Bíblia afirma que, de forma sobrenatural, as duas testemunhas serão ressuscitadas e subirão para o céu em uma nuvem na presença de todos (Ap 11.11,12) e, nessa ocasião, haverá um grande terremoto, que destruirá a décima parte de Jerusalém e onde morrerão sete mil pessoas, enquanto que os demais darão glória a Deus (Ap 11.13). Entendem alguns que será nesse momento que os judeus se decidirão por Cristo.

Até este ponto, podemos concluir que:

·     Com o julgamento do Quarto Selo, morrerão 1/4 da população mundial que ficar do Arrebatamento. Sobrarão, portanto, 3/4 da população.

·     Até o julgamento da sexta trombeta, morrerão mais 1/3 da população, daqueles 3/4 que sobraram até o momento. Portanto: 3/4 × 1/3 = 1/4.

·     1/4 (do quarto selo) + 1/4 (da sexta trombeta) = 1/2 (metade da população mundial morrerá até aqui).

Isto significa que metade da população mundial morrerá, desde os juízos dos Selos. E ainda não findou.

- SÉTIMA TROMBETA: GRANDES VOZES NO CÉU (Ap 11.15-19)

“E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre seu rosto e adoraram a Deus, dizendo: Graças te damos, Senhor, Deus Todo-poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder e reinaste. E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra. E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos, e grande saraiva”.

Esta Trombeta é uma introdução aos novos juízos de Deus. Também anuncia a chegada do reino milenial de Cristo, ou seja, a completa destruição e término do governo do Anticristo. Esta queda é anunciada no livro do Apocalipse por sete pragas, que se encontram em Sete Taças, onde é consumada a ira de Deus (Ap 15.1). Esse é o último dos três julgamentos que o Senhor enviará à Terra durante o período da Grande Tribulação. Será uma punição especialmente focada no Anticristo e a todos aqueles que aceitaram sua marca.

- PRIMEIRA TAÇA: FERIDAS MALIGNAS E DOLOROSAS (Ap 16.2)

"E foi o primeiro [anjo], e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má (úlcera dolorida) e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem".

Este primeiro juízo atingirá somente aos que optarem e receberem a marca da besta. É importante lembrar que a marca da besta será uma escolha consciente, ou seja, a pessoa terá a escolha de recebê-la ou não. Após escolher a marca, a pessoa perderá, de uma vez por todas, a sua chance de salvação. Nestes últimos 42 meses, quem optou por Jesus e não recebeu a marca, e ainda não foi morto (guilhotinado) pelo Anticristo, não será afetado por estas feridas.

- SEGUNDA TAÇA: O MAR TRANSFORMA-SE EM SANGUE (Ap 16.3)

"E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente".

Todo o mar se transformará em sangue em estado de putrefação (como de morto). Como consequência, toda vida marinha morrerá. O versículo não menciona, mas é óbvio que, com o mar transformado em sangue em putrefação, mais os seres marinhos todos mortos, o odor que se espalhará pelos mares será insuportável.

- TERCEIRA TAÇA: OS RIOS E OUTRAS FONTES DE ÁGUA TAMBÉM SE TRANSFORMAM EM SANGUE (Ap 16.4-7)

“E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue. E ouvi o anjo das águas que dizia: Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas. Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste sangue a beber; porque disto são merecedores. E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor, Deus Todo-poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos”.

Imediatamente após a Terceira Taça, o mundo inteiro ficará sem água para beber. O alvo deste julgamento é o Anticristo. Como ele derramou o sangue de muitos crentes matando-os, agora Deus dará a ele o que ele quer: sangue, e sangue de morto. Este juízo cumprirá a súplica dos crentes em Apocalipse 6.10: "E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador [Deus Soberano], não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?".

- QUARTA TAÇA: O SOL PASSA A QUEIMAR OS SERES HUMANOS (Ap 16.8,9)

“E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo. E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória”.

Deus aumentará a temperatura do sol, de modo que todos os homens passarão a ser queimados quando expostos aos raios solares. Mesmo assim, muitos ainda blasfemarão contra Deus e não se arrependerão. Há um ponto interessante aqui: a Palavra diz que toda língua confessará que o Senhor é Deus (Rm 14.11). Mesmo aqueles que rejeitaram a Deus através da marca da besta, Deus exigirá deles que se arrependam e confessem que Ele é Deus. Durante esse julgamento, ainda haverá os que não confessarão a soberania do Senhor.

- QUINTA TAÇA: HAVERÁ TREVAS SOBRE O REINO DO ANTICRISTO (Ap 16.10,11)

“E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e os homens mordiam a língua de dor. E, por causa das suas dores e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu e não se arrependeram das suas obras”.

Este juízo de Deus visará o reino do Anticristo, que se autodeclarará deus. É importante perceber que as feridas da Primeira Taça ainda estão fazendo efeito sobre os homens. Contudo, os versículos acima enfatizam que as feridas pioram com a escuridão do reino da besta. Ainda muitos insistirão em não confessar a soberania de Deus.

- SEXTA TAÇA: O RIO EUFRATES SECA (Ap 16.12)

“E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente”.

O rio Eufrates, um dos mais antigos rios do planeta, que separa o Oriente Médio do resto da Ásia, secar-se-á, a fim de preparar o caminho para os reis do Oriente (leste asiático, como China e Japão entre outras potências bélicas), ao mesmo tempo em que os reis das nações submissas ao Anticristo serão convencidos por demônios a congregar seus exércitos no vale do Armagedom para destruir efetivamente Israel.

Observação:

A batalha de Armagedom (Ap 16.14,16) se refere a uma guerra necessária entre Jesus e as hostes malignas de Satanás. Esta guerra se faz necessária por causa das ambições perversas da humanidade e sua fonte de poder, que é Satanás. Jesus descreve quando será esta batalha, em Mateus 24.29-31:

“E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus”.

A Batalha do Armagedom começará quando “no tempo do fim, o rei do Sul lutará com ele” (Dn 11.40). O rei do Sul é o Egito juntamente com uma força militar pan-islâmica em direção a Jerusalém. Após uma aliança russo-arábica ter varrido a cidade de Jerusalém eles se retirarão para a planície do Megido, que é Armagedom. Ali, Deus os destruirá, para que as nações gentias possam saber que ele é Deus e que “não dormita o guarda de Israel” (Sl 121.4). Com a Rússia e as nações árabes destruídas, o Anticristo dos estados confederados vai para Israel para estabelecer o seu governo mundial, mas, conforme Dn 11.44, o Anticristo será perturbado pela notícia sobre um exército de 200 milhões de soldados que estará marchando em direção ao leito seco do rio Eufrates para uma luta titânica pela supremacia do mundo (Ap 9.14-16; 16.12). A batalha do Armagedom é concluída com outra invasão, agora vinda do céu: é Jesus, vindo com a sua Igreja (Ap 19.11,13-16) para destruir o último império mundial, julgar as nações e estabelecer o Seu reino milenar (Is 9.6; Dn 7.13: Mt 6:10). Todos os soldados envolvidos serão mortos, não haverá nenhum sobrevivente, com exceção do Anticristo e do Falso profeta, numa matança sem precedentes na história da humanidade (Ap 19.20,21).

- SÉTIMA TAÇA: O MAIOR TERREMOTO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE, SEGUIDO DE UMA CHUVA DE PEDRAS (Ap 16.17-21)

“E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito! E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande Babilônia se lembrou Deus para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira. E toda ilha fugiu; e os montes não se acharam. E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento [cerca de 34kg]; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva, porque a sua praga era mui grande”.

É o último dos juízos de Deus na Grande Tribulação. Um grande terremoto, qual nunca houve antes, será desencadeado, começando a ocorrer os eventos físicos que acompanharão a vitória de Cristo sobre o Anticristo na batalha do Armagedom. Como disse o anjo que derramará esta última taça: “… está feito…” (Ap 16.17). É o fim da Grande Tribulação. Esse terremoto será desencadeado pela presença do Senhor em forma corpórea (é a pedra lançada sem mão - Dn 2.34), no Monte das oliveiras, para destruir o governo do Anticristo, julgar as nações (Mt  25.31-46) e estabelecer o seu Reino milenial. Com isto, terminará os julgamentos de Deus sobre a Terra. Com isto, tudo estará preparado para o Aparecimento Glorioso de Jesus Cristo.


Diante do que foi visto, vale a pena o cristão viver em santidade para que não venha fazer parte da Grande Tribulação.


IV – O TEMPO DA GRANDE TRIBULAÇÃO

Não há texto bíblico mais explícito quanto ao tempo da Grande Tribulação do que a profecia de Daniel 9.24-27 acerca das setenta semanas determinadas por Deus para a manifestação dos juízos de Deus sobre Israel e sobre o mundo.

1. O que são as setenta semanas. A identificação começa com Dn 9.24: “Setenta semanas estão determinadas”. A palavra semana interpreta-se como semana de dias. O número sete indica a quantidade de dias da referida semana. Porém, a palavra dia interpreta-se como ano. Cada dia equivale a um ano e, sete dias multiplicados por setenta (70 x 7) dá o total de 490 anos.

2. Os três períodos das 70 semanas. O primeiro período de sete semanas, equivalente a 49 anos, teve o seu início no reinado de Artaxerxes através de Neemias, copeiro-mor (Ne 2.1,5,8), quando pediu ao rei para voltar à sua terra e reedificar a cidade e os seus muros. Ocorreu em 445 a.C. quando foi dada a ordem “para restaurar e reedificar Jerusalém” (Dn 9.25).
O segundo período de 62 semanas, equivalente a 434 anos, refere-se ao tempo do fim do Antigo Testamento até a chegada do Ungido, o Messias. Nesse período, o Ungido seria rejeitado e ultrajado pelo seu povo, e morto (Dn 9.26). Cumpriu-se esse segundo período até o ano 32 d.C, quando Cristo, o Ungido, foi rejeitado e morto pelos judeus. Até então, 69 semanas (ou 483 anos) se cumpriram.
O terceiro período abrange “uma semana” (7 anos) conforme está no texto de Dn 9.27. Misteriosamente, acontece um intervalo profético na seqüência natural das 70 semanas identificado como os tempos dos gentios (o nosso tempo), no qual se destaca, especialmente, a Igreja constituída de um povo remido por Jesus e que está em evidência até o seu arrebatamento para o céu. Terá início, em seguida, a última semana, a 70ª.

3. A última semana profética. No texto de Dn 9.26 surge “um povo e um príncipe” que virão para assolar e destruir Israel sob “as asas das abominações”. Esse príncipe não é outro senão “o assolador”, o “Anticristo”, “o homem do pecado” e “o príncipe que há de vir” (Dn 9.26). Ele fará uma aliança com Israel “por uma semana” (Dn 9.27). Virá com astúcia e inteligência. Sua capacidade de persuasão será enorme e, na aliança que fará com Israel, não terá a plena aprovação desse povo. Sua tentativa será a de restabelecer a paz, sobretudo no Oriente Médio oferecendo um tratado. O mundo todo o honrará e o admirará naqueles dias. Ele se levantará de uma força política mundial, uma confederação européia, que, na linguagem figurada da profecia, aparece como “um chifre pequeno” que surge do meio de “dez chifres” do “animal terrível e espantoso”, conforme Dn 7.8. Esse “animal terrível e espantoso” pode ser identificado como o sistema europeu, equivalente ao antigo Império Romano.
Num breve espaço, “metade da semana” (três anos e meio), esse líder alcançará o apogeu do seu domínio mundial e então haverá uma falsa paz. Nesse momento se dará o rompimento da aliança com Israel. O príncipe, embriagado pelo poder político, entrará em Israel e então se iniciará “a grande angústia de Israel” (2 Ts 2.4; Ap 13.8-15), a Grande Tribulação.

V – QUEM PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO

1. Os judeus que não tiverem aceitado a Cristo. “Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela” (Jr 30.1-7). Leia também Apocalipse 12.1-7. Nesta passagem, Israel é tipificado pela mulher que, perseguida pelo dragão, vai procurar refúgio no deserto. E o dragão, que é o próprio Diabo, buscando sempre arruinar os planos de Deus, sai para fazer guerra aos descendentes da mulher que se acham espalhados pelo mundo.

2. Os gentios. “Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9,13,14). Nesta passagem, somos apresentados aos gentios que serão salvos durante a Grande Tribulação.

VI. QUAL O OBJETIVO DA GRANDE TRIBULAÇÃO

1. Levar os homens a se arrependerem de seus pecados. “E, por causa das suas dores e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu e não se arrependeram das suas obras” (Ap 16.11).

2. Destruir o império do Anticristo. “E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e os homens mordiam a língua de dor” (Ap 16.10).

3. Desestabilizar o atual sistema mundial. “Estavas vendo isso, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou. Então, foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o cobre, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra que feriu a estátua se fez um grande monte e encheu toda a terra” (Dn 2.34,35).

4. Implantar o reino de Nosso Senhor Jesus Cristo. “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre” (Dn 2.44).


CONCLUSÃO

A Grande Tribulação não se destina à Igreja de Cristo e, sim, para o povo de Israel e o mundo gentio. Todos os juízos de Deus profetizados terão o seu cumprimento. Ninguém sabe quando se dará o arrebatamento da Igreja findando o parêntese profético entre a 69ª semana e 70ª. Não sabemos o dia da volta do Senhor, mas sabemos que é a nossa missão principal — pregar o Evangelho e dar testemunho de Cristo diante dos homens.


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