segunda-feira, 31 de agosto de 2015

SANTIFICAÇÃO

A palavra “santificação” no grego hagiasmos”, com sentido bíblico de “separação”, colocar a parte para si, separar para uso próprio, separar para Deus. Esta palavra é usada para pessoas, objetos, datas, eventos, lugares etc. A santificação é tríplice, espírito, alma e corpo (1 Tessalonicenses 5.23).

I. Os três estágios da salvação. Na vida do crente, a santificação ocorre em três aspectos:

1º Santificação imediata ou instantânea. No momento em que uma pessoa foi redimida pelo sangue de Jesus, ela foi separada do pecado. “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” (João 3.3-5).

2º Santificação progressiva. Os crentes estão sendo gradativamente santificados devido à experiência vivida pelo uso da Palavra e no dia a dia. “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17.17). Devemos viver hoje evitando os erros de ontem, viver amanhã evitando os erros de hoje. A Bíblia diz que “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” (Provérbios 4.18).

3º Santificação definitiva. Essa só ocorrerá no arrebatamento da Igreja (“Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” [Efésios 5.27]; “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.” [1 João 3.2]). Nesta ocasião a Igreja do Senhor estará de uma vez por todas separada do mundo e livre do pecado.

II. A necessidade da santificação.

a) Temos em nós a lei do pecado, mas a lei do Espírito anula a lei do pecado (“Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Romanos 8.2).
b) Deus ordena que todos crentes seja santo (“Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.” 1 Pedro 1.16).
c) Deus só habita em lugar santo (“Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos.” Isaías 57.15).
d) Jesus só arrebatará os santos (“Para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os seus santos.” 1 Tessalonicenses 3.13).

A santificação está em conexão com os filhos de Deus (“Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.” 2 Coríntios 6.17,18). Separados do pecado, vivemos para Deus; e aqueles que fazem a vontade de Deus, são filhos de Deus. Devemos imitar a Deus (“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados.” Efésios 5.1), e como Ele é Santo, nós também devemos ser santos (“E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e vos separei dos povos, para serdes meus.” Levítico 20.26).

terça-feira, 25 de agosto de 2015

"Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte." [Provérbios 14.12].

Esse mesmo versículo é repetido por Salomão em Provérbios 16.25. Quantas pessoas que conduzem a sua vida como lhe bem entendem, não se importando com as consequências e nem se as suas atitudes vão prejudicar ou magoar o próximo (Não foi isso que o Apóstolo Paulo ensinou, em Romanos 15.2 diz: “Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação.”). Para alguns este tempo já chegou, pois foi machucado ou injustiçado pelas atitudes dos outros. Estamos vivendo um momento em que as pessoas só pensam em si e no seu prazer, que nem sempre é o mesmo que o meu ou que o seu. Por isso, você, que está lendo esta mensagem, vamos começar por nós. Vamos mostrar as pessoas que não conhecem a Jesus que existe um caminho que nos leva direto ao Senhor nosso Deus (“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho [...] ninguém vem ao Pai, senão por mim.” João 14.6). Um caminho sem atalho, sem desvio ou beco. Um caminho que não ‘bifurca’ (divide em dois). Um caminho certo e reto que é o da justiça, do amor ao próximo e da generosidade. Jesus é o único caminho, ninguém vem a Deus senão por Ele.

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Lição 9 – A Corrupção dos Últimos Dias

SUBSÍDIO PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

3º Trimestre/2015

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2 Timóteo 3.1-4, 14-16

TEXTO ÁUREO: “Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção.” (2 Pe 2.12).

INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo estava preso num calabouço romano, na sala de espera do martírio. A fornalha da perseguição contra a igreja estava acesa. Paulo dá suas últimas recomendações a Timóteo, um pastor jovem, doente e tímido, sobre como enfrentar vitoriosamente a corrupção dos últimos dias. Certamente, vivemos os últimos dias da Igreja. São dias difíceis, dias trabalhosos, em que o mundo sofre uma multiplicação do pecado (Mt 24.12) e, como consequência disto, só se vê aumentar o sofrimento do ser humano, a sua progressiva decadência moral e espiritual. Nunca houve, em toda a história da humanidade, uma época semelhante aos dias atuais onde é nítida a ausência de valores, principalmente aqueles que norteiam a dignidade do ser humano: o sentimento, o decoro, a vergonha, a moral, o caráter, o respeito e o temor a Deus, os quais constituem os verdadeiros alicerces para a vida individual e em sociedade. Entretanto, apesar de toda a corrupção moral e espiritual que incendeia a sociedade atual, ainda se encontra sobre a face da Terra, ainda que não por muito tempo, a Igreja — a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido para anunciar as virtudes de Jesus Cristo (1 Pe 2.9). Ela tem enfrentado todas estas circunstâncias e continua a dizer que a única solução, a única esperança para o homem é crer em Jesus como seu único e suficiente Senhor e Salvador.

I. OS TEMPOS TRABALHOSOS

1. Nos últimos dias (v. 1). 
O apóstolo Paulo, em sua afirmação a seu filho na fé, Timóteo, já no ocaso da sua vida, quando estava preso em Roma, na sua segunda prisão, faz questão de relembrar que a Igreja passaria por momentos difíceis, que ainda não tinham chegado no tempo do apóstolo, o que nos mostra claramente que Paulo não se referia, em absoluto, ao período de perseguição que se apresentava naquele instante, desencadeada por Nero, a primeira das “dez grandes perseguições” que haveria contra a Igreja durante o Império Romano (os “dez dias” de Ap 2.10). O apóstolo apontava para um período futuro na história da Igreja em que os tempos seriam “trabalhosos”.
Ao que parece estamos vivendo esses “últimos dias” referidos por Paulo, pois analisando com cuidado as suas palavras podemos observar que os “últimos dias” da história da Igreja, aqui na Terra, têm características diferentes dos “tempos trabalhosos” enfrentados por esta mesma Igreja em outros períodos da história, no passado, de forma especial, até o advento do chamado tempo pós-moderno.
Nos “tempos trabalhosos” dos “últimos dias” Paulo não se refere a perseguições, mártires, prisões, mas de convulsões internas. Ou seja, convulsões dentro ou no seio da própria igreja local. Esses “tempos trabalhosos” seriam caracterizados por um período de apostasia cada vez mais intenso, bem como de uma crescente corrupção moral.
Em 2 Tm 3.1-4, são descritas dezoito características de reprovação que iriam caracterizar uma boa parte das lideranças da “Igreja”, para depois afirmar que “... os homens maus e enganadores irão de mau para pior, enganando e sendo enganados”(2 Tm 3.13). Assim, olhando para a Bíblia, e olhando para o chamado “mundo evangélico” temos a impressão de estarmos vivendo aqueles “últimos dias” referidos por Paulo.
- Nestes “últimos dias”, o mundo tem menos acesso a Deus, porque o que impede a comunicação entre Deus e os homens é o pecado (Is 59.2) e estes “últimos dias” são dias em que o pecado está aumentando sobremaneira (Mt 24.12). Até mesmo as pessoas que tiveram um contato com o Salvador Jesus, que, uma vez receberam o amor de Deus derramado em seus corações (Rm 5.5), terão este amor esfriado, perderão este sentimento.
- Nestes “últimos dias”, o desamor é uma constante e, em virtude disto, os dias são repletos de violência, pois a vida humana é vilipendiada, já que não há amor a Deus e, consequentemente, não há amor ao próximo. O homem é menosprezado e se desenvolve, entre as pessoas, uma verdadeira “cultura da morte”.
- Nestes “últimos dias”, multiplica-se o pecado e, com ele, multiplicam-se os problemas. Sem dar guarida a Deus e ao seu amor, a humanidade acaba correndo de um lado para outro, como ovelhas desgarradas que não têm pastor (Mt 9.36), sem direção, sem qualquer orientação, o que faz com que surjam inúmeros problemas.
- Nestes “últimos dias”, os homens são amantes de si mesmos, sem amor para com os bons (2 Tm 3.2,3). São pessoas que só pensam em si próprios e criam condições múltiplas para se servirem do próximo, aproveitarem-se dele e o explorarem o máximo possível.
- Nestes “últimos dias”, o homem não tem a menor preocupação em prejudicar o outro, desde que isto lhe seja conveniente e contribua para que atinja os seus objetivos, objetivos estes que dizem respeito somente a si próprio. A ganância, o prazer, o bem-estar próprio, a satisfação do seu ego, é só isto que é estimulado, incentivado e almejado pelo homem dos últimos dias. Vivemos dias em que toda a ferocidade humana é revelada ao seu próximo. Por isso, os homens são desobedientes a pais e mães, ingratos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, cruéis, obstinados e orgulhosos (2 Tm 3.2-4). As pessoas agem em relação às outras como se estas fossem, há muito tempo, suas inimigas. Vivemos a época da insegurança e do medo indiscriminados.
- Nestes “últimos dias”, têm surgido no meio do povo de Deus, enganadores, pessoas que, tendo aparência de piedade, negam, com seus atos, a eficácia dela (2 Tm 3.5). Os últimos dias, dizem-nos Pedro e Judas (2 Pe 3.3 e Judas 18), são dias em que surgem os falsos mestres, que são os condutores de muitos pelo caminho da apostasia, ou seja, do afastamento deliberado da sã doutrina, do desvio espiritual. 
- Estes “últimos dias” são dias em que os cristãos são tratados como mercadorias, em que há a mercantilização da fé, em que muitos se levantam não para servir a Deus, mas para levar os salvos ao seu próprio serviço, num ultraje nunca antes visto em toda a história da humanidade.
- Estes “últimos dias”, são dias de proliferação de falsas doutrinas, de doutrinas de homens e de demônios, de lutas pelo poder eclesiástico, de escândalos, onde há uma amizade com o pecado e com os deleites humanos e total menosprezo à santidade, à pureza e à sinceridade no propósito de adorar o Senhor.
Veja, a seguir, as dezoito características da humanidade durante os “últimos dias”, exaradas em 2 Tm 3.1-4. Nós simplesmente as listamos e damos os sinônimos que explicam o significado de cada uma:
a) Amantes de si mesmos: egocêntricos, presunçosos, egoístas.
b) Avarentos: gananciosos.
c) Presunçosos: jactanciosos, cheios de palavras de orgulho.
d) Soberbos: arrogantes, presunçosos, dominadores.
e) Blasfemos: difamadores, profanos, briguentos, insolentes, grosseiros, arrogantes.
f) Desobedientes a pais e mães: rebeldes, insubordinados, descontrolados.
g) Ingratos: mal-agradecidos, não reconhecedores.
h) Profanos: ímpios, irreverentes, contrários às coisas santas.
i) Sem afeto natural: impiedosos, insensíveis, indiferentes.
j) Irreconciliáveis: implacáveis, contendores, briguentos.
k) Caluniadores: propagadores de notícias maliciosas e falsas.
l) Incontinentes: sem domínio próprio, de paixões descontroladas, dissolutos, devassos.
m) cruéis: grosseiros, sem prestígios.
n) Sem amor para com os bons: odeiam pessoas e coisas boas; são avessos a qualquer forma de bondade.
o) Traidores: traiçoeiros, pérfidos.
p) Obstinados: imprudentes, irredutíveis.
q) Orgulhosos: pretensiosos, presunçosos.
r) Mais amigos dos deleites do que amigos de Deus: aqueles que amam os prazeres sensuais, mas não a Deus.

2. Falsa aparência (v. 5). 
Todos os problemas relatados em 2 Tm 3.1-4 não estão descrevendo apenas um mundo ímpio, mas pessoas que se dizem cristãs. As pessoas frequentam a igreja, mas não mudam a vida. Elas fazem profissão e fé no cristianismo, mas suas ações falam mais alto que as palavras. Pelo mau comportamento, elas mostram que vivem uma mentira. Não há uma evidência do poder de Deus em suas vidas. Pode ter havido mudança, mas de fato nunca houve regeneração. O mundo está arruinado porque a espiritualidade está divorciada da vida.
Na história da humanidade, a religião e a moralidade têm estado mais distantes entre si do que juntas. As próprias Escrituras testificam esse fato de forma inconteste. Os grandes profetas éticos dos séculos VIII e VII a.C. apontaram os pecados de Israel e Judá nesse particular. Amós denunciou o crescimento da religião e da injustiça simultaneamente (Am 2.8). Isaías fez um diagnóstico parecido em Judá (Is 1.14-17).Jesus, em seu tempo, trouxe a lume a hipocrisia dos fariseus (Mt 23.25). Esta mesma falsa aparência ainda grassava entre as pessoas que Paulo está descrevendo em 2 Tm 3.5. Evidentemente essas pessoas frequentavam a igreja, cantavam hinos, diziam "amém" às orações e colocavam dinheiro no gazofilácio. Tinham aparência e palavras piedosas, mas eram apenas máscaras, aparência externa sem realidade interna, religião sem moral, fé sem obras. É como se Paulo estivesse descrevendo uma espécie de cristianismo pagão.
Quando olhamos para alguns segmentos da igreja evangélica dos dias hodiernos, constatamos o mesmo problema: crescem em número, mas não em compromisso. Têm carisma, mas não caráter. Mostram números, mas não vida. As pessoas entram para a igreja, mas não são transformadas pelo evangelho. Há iniquidade associada ao ajuntamento solene.
Timóteo é exortado a se afastar de todas essas pessoas – “... destes afasta-te”. Paulo não está ordenando que Timóteo se afaste de todos os pecadores, porque, se assim fosse, precisaria sair do mundo (ler 1 Co 5.9-11). Paulo está dizendo que Timóteo não deve ter comunhão com aqueles que se dizem crentes, mas vivem de forma desordenada ou hipócrita.

II. PAULO, UM EXEMPLO DE OBREIRO EM TEMPOS DIFÍCEIS

1. Um obreiro exemplar (v. 10). O apóstolo Paulo — outrora perseguidor do evangelho e dos seguidores de Cristo, fariseu respeitado, mas ignorante acerca da verdade e defensor ardoroso da Lei de Moisés — tornou-se um dos maiores exemplos de fé, amor e fidelidade ao cristianismo. Seu caráter era demonstrado por sua conduta exemplar. Em evidente contraste à situação daquela época de declínio dos costumes morais, religião inautêntica e propagação de falsas doutrinas, Timóteo é chamado a ser diferente. Timóteo estava rodeado de falsos mestres. Por isso, deveria seguir o exemplo fiel de Paulo.

2. Modo de viver. O modo de viver, ou conduta, de Paulo era irrepreensível; era coerente com a mensagem que ele pregava. Às vezes, de brincadeira, ouvimos alguém dizer: “faça o que eu digo, mas não o que eu faço”. Não era assim com o apóstolo Paulo. Ele pôde apresentar sua vida como modelo de devoção a Cristo e sua causa. Toda a sua vida depois da conversão foi dedicada à tarefa de apresentar aos outros um esboço do que o cristão deve ser. Deus salvou Paulo com a finalidade de mostrar ao mundo, pelo exemplo de sua conversão, que o que fez na vida dele também pode e fará na vida de outros. E nós? Será que estamos servindo de exemplo àqueles que foram salvos pela sua graça? Que assim seja.
Precisamos de líderes que sirvam de modelo para os mais jovens. Precisamos de pessoas que falem a verdade e vivam a Verdade.

3. Intenção, fé, longanimidade, amor.
- O propósito de Paulo era se afastar da doutrina do mal e testemunhar o evangelho da graça, ainda que isso lhe custasse a própria vida (At 20.24).
- A fé pode significar a confiança de Paulo no Senhor ou sua fidelidade pessoal. Timóteo o conhecia como alguém completamente dependente do Senhor e ao mesmo tempo honesto e digno de confiança.
- A longanimidade de Paulo foi provada pela sua atitude em relação aos perseguidores e críticos e pelos sofrimentos físicos.
- Quanto ao amor, despojava-se de si mesmo para se dedicar ao Senhor e ao próximo. Quanto menos amado era, mais determinado estava a amar.
- Sua paciência diante das reações hostis sofridas por todos os recantos por onde passava era notória.
- Perseverar quer dizer literalmente “manter-se alegre diante das dificuldades”, e perseverança exige força e coragem.

III. O ENSINO DA PALAVRA DE DEUS EM TEMPOS DIFÍCEIS

1. O valor do ensino bíblico. O ensino da Palavra de Deus, na igreja local, é indispensável e de fundamental importância, por isso deve ser contínuo. Depois da evangelização, vem o discipulado dos novos convertidos, mas o discipulado não deve ser visto como apenas algumas lições bíblicas. Ninguém deixa de ser discípulo pela idade ou por tempo de serviço. O discipulado cristão é para toda a vida. Na igreja do primeiro século o exercício deste ministério era contínuo. Diz o texto bíblico: "E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar..." (At 5.42). Sem o ensino, os crentes ficam sem o conhecimento indispensável ao seu crescimento na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 2 Pe 3.18).
Paulo não mediu tempo para ensinar os crentes da igreja primitiva. Ele foi um exemplo de dedicação e persistência no ensino das Escrituras. Ele disse: “como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas” (At 20.20). Em Trôade, ministrou aos irmãos até altas horas – “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos como o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia seguinte, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite” (At 20.7,8). Nem o incidente que aconteceu com o jovem Êutico lhe arrefeceu o entusiasmo e o ardor doutrinário – “Subindo de novo, partiu o pão, e comeu, e ainda lhes falou largamente até ao romper da alva” (At 20.11). O ardor pelo ensino também aconteceu em Antioquia  - “todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente” (At 11.26). Também em Corinto Paulo permaneceu “um ano e seis meses, ensinando entre eles a Palavra de Deus” (At 18.11b).
Pedro também era persistente e insistente no ensino: “Pelo que não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais e estejais confirmados na presente verdade” (2 Pe 1.12). Ele sabia que os crentes aos quais a sua carta foi enviada já possuíam certeza dos ensinos fundamentais, porém dava instrução contínua. Pedro sabia que em breve partiria para a glória (2 Pe 1.14), e seu desejo era que, após a sua partida para estar com o Senhor, o ensino bíblico estivesse na mente de todos (2 Pe 1.15).
O Israel do Antigo Testamento se apostatou da fé em Deus porque deixou de conhecer a Jeová. Por causa disso o Senhor destruiu Israel espalhando-o por todo o mundo. O Senhor lamentou essa situação: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento” (Oséias 4.6). E conhecimento não se adquire sem um ensino persistente e inspirado pelo Espírito Santo. Vivemos dias em que este ministério nunca foi tão necessário. Quando o ensino não é cuidadoso, paciente e dedicado, há grande prejuízo para as novas gerações.

2. Combatendo o “espírito do Anticristo” com a Palavra de Deus. Apesar de o Anticristo surgir em carne e osso muito em breve, o espírito do Anticristo já está presente na terra, conforme 1 João 2.18-19: "Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora. Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós”.
Em 1 João 4.2-4, é confirmado que o espírito do anticristo já está presente hoje, e nos ensina como saber se um espírito é de Deus mesmo ou não: "Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus. E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo”.
O espírito Anticristo está presente neste mundo e podemos detectar a sua ação em todas as partes. Todos os seguimentos da sociedade estão batizados neste terrível espírito maligno. Ele está tomando conta de corações em todos os cantos deste mundo, inclusive de muitos que cristãos dizem ser.
Muitas “igrejas” que outrora eram sustentadas por verdades fundamentais das Escrituras, hoje se encontram totalmente rendidas aos ensinos deste espírito enganador. Pouco a pouco, comunidades inteiras vão se rendendo aos encantos do espírito do anticristo. Urge um avivamento!
Observe alguns dos “instrumentos” utilizados por Satanás nestes últimos dias contra o rebanho do Senhor:

a) O relativismo. Segundo o relativismo nada pode ser definitivamente certo, pois, a verdade está sujeita a fatores aleatórios, ou subjetivos. Assim, os princípios éticos e morais variam de lugar para lugar, pois, estão sujeitos às circunstâncias culturais, políticas e históricas. É claro que o relativismo contrasta com as verdades proclamadas pela Bíblia Sagrada. A Bíblia fala de valores absolutos e imutáveis válidos e aplicáveis em qualquer parte da Terra, pois, a doutrina bíblica se apoia em dois princípios: imutabilidade e universalidade. Por estes dois princípios a doutrina não sofre a ação do tempo e nem do espaço. Pelo princípio de imutabilidade é que nós estamos ensinando, hoje, a mesma doutrina bíblica que os apóstolos ensinaram; ela não mudou e nem mudará; ela é verdadeira e absoluta. Pelo Princípio da Universalidade, onde houver um homem, em qualquer lugar da terra, a doutrina bíblica é válida para ele. O que a Bíblia definir como sendo pecado, será pecado em toda a Terra. Assim, os princípios éticos e morais que o relativismo afirma mudar de lugar para lugar, pela Bíblia eles são imutáveis.

b) Leis infames. Os poderes legislativos vêm aprovando leis, de iniciativa do poder executivo, que vão de encontro os princípios morais exarados na Bíblia Sagrada. Isso é uma afronta ao Deus Todo Poderoso. O Brasil tem tomando um rumo perigoso. Os líderes da nação, em seus variados poderes, estão afrontando e escarnecendo da Lei de Deus. Leis infames e injustas que aprovam o que Deus condena estão tendo o apoio até do Judiciário. Leis que criminalizam e preveem a prisão daqueles que usam textos da Bíblia para falar contra o homossexualismo; leis que querem legalizar o uso de drogas e a prática do aborto. Certamente, nuvens negras baixam sobre nosso país. É hora de clamar e orar para que Deus tenha misericórdia de nossa nação.

3. A Palavra de Deus e seus referencias éticos. Lamentavelmente as leis de muitos países favorecem a imoralidade e a falta de ética na sociedade. Muitas delas são estabelecidas sob a proteção de filosofias materialistas, relativistas e pluralistas. A Palavra de Deus, todavia, trás em seu âmago referenciais éticos e morais para a plena felicidade das famílias em qualquer civilização. Os que rejeitam esses referenciais ficarão perdidos, inseguros, sem rumo e orientação. O resultado disso é a tragédia moral que vem se abatendo, especialmente sobre a família, e a sociedade como um todo.

CONCLUSÃO
Vivemos tempos difíceis, por isso, precisamos nos voltar para a Palavra de Deus. Ela é um guia seguro para conduzir o crente neste mundo de trevas morais e espirituais. Estudamos nesta Aula que o plano do adversário da Igreja é promover movimentos contrários à sã doutrina, de tal forma que a corrupção moral e espiritual encontre espaço no meio da comunidade cristã. Os "tempos trabalhosos" a que Paulo se referiu seriam acentuados nos últimos dias que antecedem a volta de Jesus. Desta feita, a igreja precisa se voltar para a Palavra de Deus, pois ela é o guia seguro para conduzir o crente neste mundo de trevas morais e espirituais. A Igreja do Senhor Jesus é formada de pessoas que são “sal da terra” e “luz do mundo”. Portanto, sejamos exemplo para esta sociedade pós-moderna.

REFERÊNCIAS:
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Editora Vida, 1998.
http://luloure.blogspot.com.br/
LIMA, Elinaldo Renovato de. As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de janeiro: CPAD, 2015.
LOPES, Hernandes Dias. 1 Timóteo – o pastor, sua vida e sua obra. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. 2 Timóteo – O testamento de Paulo à Igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. Tito e Filemom – doutrina e vida, um binômio inseparável. São Paulo: Hagnos, 2009.
OLIVEIRA, Temóteo Ramos de. Manual do Visitador Cristão. Rio de janeiro: CPAD, 2005.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.


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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

25/08 acontecerá um grande abalo, segundo a profecia

Há vários áudios circulando no WhatsApp, falando sobre um grande abalo que irá acontecer amanhã [25/08], as pessoas que gravaram os áudios (detalhe: pessoas de diferentes lugares falando a mesma coisa) pedem para levantarmos um clamor pela Nação brasileira, amanhã, 25 de agosto de 2015, a parti das 07 horas da manhã.
Acredito que muitos ateus, céticos e revoltados não darão importância a essa mensagem, mas você que teme a Deus, ore pela nossa pátria amada. Compartilhe essa mensagem para que outras pessoas possam ler.
P.S.: “O Senhor te abençoe e te guarde.” [Números 6.24].

domingo, 23 de agosto de 2015

"Suave é ao homem o pão ganho por fraude, mas, depois, a sua boca se encherá de pedrinhas de areia." [Provérbios 20.17].

Ao ler esse versículo você lembra-se de alguém? Seria impossível não lembra né verdade? Quando o homem se corrompe a consequência é a ruína! Pode até demorar, mas um dia ela bate na porta. As riquezas que são adquiridas pela fraude, pela desonestidade e pela corrupção, certamente transformam-se em maldição na vida das pessoas. O pecado tem um sabor amargo, ele deixa a boca cheia de pedrinhas de areia, repleta de feridas, e impede o homem de comer e até de falar! O homem que tem a boca cheia de pedrinhas de areia também pode estar literalmente na sepultura, morto e enterrado.
P.S.:Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.” [1 Timóteo 6.7,8].


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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

"O meu socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra." (Salmos 121.2).

"O meu socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra." (Salmos 121.2).
O salmista tinha absoluta certeza de onde vinha o seu socorro. Diferente de algumas pessoas, que ao se encontrarem aflitas, diante de uma perda que as desnorteiam, uma crise que assola, algo que parece sem solução. Perdem o foco, as forças para lutar, a vontade de viver, a esperança... Daí, procuram socorro em pessoas, livros, sortes, e quando tudo falha, dizem: “agora, só falta buscar o socorro de Deus!”
Se ao menos essas pessoas soubessem quem é Deus ("Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?" [Isaías 43.13]), se ao menos soubessem que pra Ele não existe problema sem solução ("Porque para Deus nada é impossível." [Lucas 1.37]; "E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível." [Mateus 19.26]), essas pessoas o buscariam em primeiro lugar, e teriam a certeza que teve o salmista: "O meu socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra."

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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Lição 8 – Aprovados por Deus em Cristo Jesus

SUBSÍDIO PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

3º Trimestre/2015

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2 Timóteo 2.1-18

TEXTO ÁUREO: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2 Tm 2.15).



INTRODUÇÃO

Nesta Aula estudaremos o capítulo 2 de 2 Timóteo. Discorreremos prioritariamente sobre dois contrastes ali descritos pelo apóstolo Paulo: obreiro aprovado versus falsos mestres; vaso de honra versus vaso de desonra. Estes dois aspectos de personalidade existiam na igreja de Éfeso, sobreviveu toda a história da igreja, e permeiam com grande intensidade as igrejas locais dos dias hodiernos. O objetivo de Paulo é orientar todos os cristãos, em todas as épocas, em como se portarem diante desta realidade.

I. OBREIROS APROVADOS POR DEUS

1. Pregam e ensinam sem engano. “Paulo nunca usou de engano em suas pregações. Diferente de alguns falsos mestres de sua época que pregavam e ensinavam com argumentos falsos e logro. É preciso ter muito cuidado com os “lobos” vestidos de ovelhas, que andam a enganar os crentes incautos”.

2. Pregam com pureza. Paulo pregava por amor a Cristo. Jesus era o seu alvo. Atualmente, há muitos falsos obreiros que só visam lucro e bens financeiros. O falso mostra-se tão bem vestido de verdadeiro, que, se possível fosse, enganaria até mesmo os escolhidos. São falsos milagres, falsos milagreiros, falsos ensinos, falsos mestres, falsas profecias e falsos profetas. As igrejas locais estão proliferadas de obreiros corrompidos e distanciados da verdade, como os mestres da lei de Deus, nos dias de Jesus (Mt 24.11-24), e o crente precisa estar informado sobre este fato. Jesus adverte que nem toda pessoa que professa a Cristo é um crente verdadeiro e que, hoje, nem todo escritor evangélico, missionário, pastor, evangelista, professor, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser. Muitos desses obreiros “exteriormente pareceis justos aos homens”(Mt 23.28). Aparecem “vestidos como ovelhas”(Mt 7.15). Podem até ter uma mensagem firmemente baseada na Palavra de Deus e expor altos padrões de retidão. Podem parecer sinceramente empenhados na obra de Deus e no seu reino, demonstrar serem grandes ministros de Deus, líderes espirituais de renome, ungidos pelo Espírito Santo. Poderão realizar milagres, ter grande sucesso e multidões de seguidores (ver Mt 7.21-23; 2Co 11.13-15). Todavia, esses homens são semelhantes aos falsos profetas dos tempos antigos (ver Dt 13.3; 1Rs 18.40; Ne 6.12; Jr 14.14; Oséias 4.15), e aos fariseus do Novo Testamento, cujas vidas eram “cheias de iniquidade e de hipocrisia” (Mt 23.28). Na época de Jeremias, o reino de Judá foi destruído por causa de falsos profetas que diziam às pessoas coisas que Deus não havia falado. A mesma coisa acontece hoje. Na sua falsidade eles ensinam rebelião contra a palavra verdadeira de Deus. Na sua interpretação errada da Palavra de Deus eles caminham para a condenação, levando juntos aqueles que acreditam nos seus falsos ensinamentos. Portanto, tenhamos cautela e não sejamos ignorantes! Os nossos olhos podem ver o pregador mais poderoso do mundo, mas isto não significa nada. No tempo de Jeremias havia falsos profetas, que pregavam mensagens “bonitas”, que vendiam ilusões, que enganavam o povo. Mas o profeta de Deus os advertiu dizendo: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: não deis ouvidos às palavras dos falsos profetas, que entre vós profetizam; ensinam-vos vaidades; falam da visão do seu coração, não da boca do Senhor” (Jr 23.16). Esses falsos profetas, esses profissionais da religião, enganavam o povo, para tirar proveito pessoal. Não foram chamados, não tinham compromisso com Deus, não conheciam Sua Palavra. Falavam aquilo que o povo queria ouvir, e eram aplaudidos. Pregavam abundância de bênçãos materiais para um povo afundado no pecado e na idolatria (Jr 5.12; 8.11; 14.13,15). Não devemos ficar impressionados quando o pregador só fala o que o povo quer ouvir: promessas de paz, promessas de prosperidade, promessas de milagres e curas. Numa época de crise e desemprego, muitos se aproveitam, pregando prosperidade e bênçãos, enganando até multidões. Que o povo de Deus não se engane! Que o povo de Deus não seja ignorante, mas conheça as Escrituras Sagradas! Importa ouvirmos a pura e verdadeira Palavra de Deus, a qual nos orienta sobre os nossos pecados e sobre as nossas transgressões. Sejamos como os crentes de Beréia: “Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (Atos 17.11).

3. Não buscam a glória de homens. “E, não buscamos glória dos homens…” (1 Ts 2.6). Paulo não pregava para alcançar glória e prestígio humano, não andava atrás de lisonja humanas. Ele não buscava prestígio pessoal nem glória de homens. Ele não dependia desse reprovável expediente, pois sabia quem era e o que devia fazer. Ele não precisava bajular nem receber bajulação. Sua realização pessoal não procedia da opinião das pessoas, mas da aprovação de Deus. É digno observar que em 1 Tessalonicenses 1:5 Paulo não tenha dito: “Eu cheguei até vós”, mas disse: “O nosso evangelho chegou até vós”. O foco não estava no homem, mas no evangelho. Paulo procurava a aprovação exclusivamente de Deus. O culto à personalidade é um pecado. Toda a glória que não é dada a Deus é vanglória, é glória vazia.

II. OS DOIS TIPOS DE VASOS (2.20,21)

1. Vasos de honra (2.20). O vaso de honra é alguém que se aparta do erro doutrinário e moral dos falsos mestres. Ou seja, devemos evitar não apenas os falsos mestres, mas também seus erros e maldades, expurgando da nossa mente a falsidade de seus ensinos e do nosso coração suas perversidades morais. Os vasos de honra precisam buscar a pureza doutrinária, bem como a pureza moral. Aqueles que assim procedem são santificados para toda boa obra. Não existe honra mais elevada do que ser um instrumento na mão de Jesus Cristo, estar à disposição dEle para o cumprimento de seus propósitos, achar-se pronto para seu serviço sempre que solicitado. Que possamos dizer como Isaías: “... eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.8), ou como Maria: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38).

2. Vaso de desonra. Quem são estes? São os réprobos que se misturam com os salvos na igreja. Podemos igualmente afirmar que são os crentes infiéis, que causam problemas e escândalos na igreja. São o “joio” a que se referiu Jesus na parábola de Mateus 13.24-30. Veja a expressão em 2 Tm 2.21: “se purificar destas coisas”. A expressão “destas coisas” se refere aos vasos de desonra. Timóteo é instruído a se separar dos homens pecaminosos, especialmente dos mestres perversos, como Himineu e Fileto, que Paulo menciona em 2 Tm 2.17. Timóteo não é instruído a deixar a igreja, nem a deixar o cristianismo. Seria impossível para ele fazer tal coisa sem desistir também de sua confissão de fé, uma vez que o cristianismo inclui todos os que professam ser cristãos. Ele deveria se separar dos malfeitores e evitar a contaminação por doutrinas pervertidas. Se um homem se mantém livre de más associações, será vaso para honra. Deus usa apenas os vasos limpos para o santo serviço: “...purificai-vos, os que levais os vasos do SENHOR” (Is 52.11)..

III. REJEITANDO AS DISSENSÕES E QUSTÕES LOUCAS

1. Rejeitando “questões loucas”.

Após ensinar sobre o que Timóteo deveria cultivar e obedecer, e também rejeitar, Paulo acrescenta que ele deve rejeitar questionamentos que não produzem nem agregam valor espiritual ou moral, e nem valoriza o conhecimento e a vida cristã. As questões loucas eram as questões e proposições levantadas pelos falsos mestres ou hereges, que assediavam os irmãos na igreja de Éfeso. Os hereges, julgando-se "doutores da lei", não entendiam o que diziam ou afirmavam, mas produziam enormes contendas, lançando uns contra outros, provocando desunião e intrigas entre os próprios crentes. “... sabendo que produzem contendas”. Certamente, os irmãos deveriam viver unidos, em harmonia, mas muitas vezes eles vivem em guerra. Os próprios discípulos geraram tensões entre si, perguntando para Jesus quem era o maior entre eles. Às vezes, os membros da igreja de Corinto entravam em contendas e levavam essas guerras para os tribunais do mundo (1 Co 6.1-8). Na igreja da Galácia, os crentes estavam se mordendo e se devorando (Gl 5.15). Paulo escreveu aos crentes de Éfeso, exortando-os a preservarem a unidade no vínculo da paz (Ef 4.3). Na igreja de Filipos, duas mulheres, colaboradoras do apóstolo Paulo, estavam em desacordo (Fp 4.1-3). Que sentimentos são estes? Mundano, claro! O mundo vê essas guerras dentro das denominações, dentro das igrejas, dentro das famílias, e isso é uma pedra de tropeço para a evangelização. Como podemos estar em guerra uns contra os outros se pertencemos à mesma família, se confiamos no mesmo Salvador, se somos habitados pelo mesmo Espírito? Tiago responde que temos uma guerra dentro de nós (Tg 4.1). O nosso coração é o laboratório onde as guerras são criadas, a estufa onde elas germinam e crescem, o campo onde elas dão o seu fruto maldito.

2. Não entrando em contenda. “E ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor” (2 Tm 2.24). Paulo exorta a Timóteo a fim de que ele não contendesse com os falsos mestres, pois isso levaria somente a escandalizar e envergonhar o evangelho e a igreja do Senhor. O servo de Deus é um indivíduo que edifica vidas, em vez de destruir relacionamentos. A contenda abre fendas, em vez de cicatrizá-las. Mas, é válido ressaltar que Paulo não está aqui proibindo todo tipo de controvérsia. Quando a verdade do evangelho estava sendo cruelmente atacada, o próprio Paulo se tornou um ardoroso apologista (2 Tm 4.7; Cl 2.11-14) e ordenou que Timóteo fizesse o mesmo (1 Tm 6.12). Porém, a combinação de especulações não bíblicas com polêmicas despidas de amor tem causado grandes danos à causa de Cristo. “... ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor”. O ministro do evangelho deve instruir com brandura o povo, orientando todos com paciência e mansidão. O ministro não pode ser arrogante. Uma coisa é amar a pregação; outra coisa é amar as pessoas a quem se prega. O ministro cuida não apenas de um conceito doutrinário; cuida de vidas. Por isso, precisa falar a verdade em amor. Ele deve ser apto para ensinar. Ao mesmo tempo em que condena o erro, promove a verdade; na mesma medida em que denuncia as falsas doutrinas, transmite a sã doutrina. Esse ensino da verdade, tanto no aspecto negativo quanto no aspecto positivo, deve ser feito da forma certa, com a motivação adequada. “Pregamos e ensinamos, mas só o Espírito Santo pode convencer a pessoa de seus erros”.

CONCLUSÃO

Na administração de muitas igrejas locais, surgem conflitos de ordem espiritual, doutrinária ou humana. Daí por que há necessidade de preparo e capacitação de líderes, que saibam não só ministrar o ensino, mas, com o uso adequado dos princípios bíblicos, resolver questões diversas que podem desestabilizar o ministério e a própria liderança. Faz parte do ministério não apenas instruir, mas também disciplinar os faltosos. A disciplina, porém, não pode ser feita com arrogância e dureza, mas com espírito de brandura (Gl 6.1). A disciplina tem dois propósitos: preventivo e curativo. Ela previne a igreja e restaura o faltoso. Aqueles que tropeçam e caem precisam se arrepender, uma vez que o pecado priva as pessoas da verdade e as desvia da sensatez. Paulo é categórico ao dizer que tanto o erro doutrinário quanto o mal moral são laços do diabo, dos quais as pessoas precisam ser libertadas. Por outro lado, tanto o arrependimento, que leva as pessoas de volta à sensatez, quanto a libertação do poder de Satanás são obra de Deus. “Disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade” (2 Tm 2.25,26).


REFERÊNCIAS:

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Editora Vida, 1998.
http://luloure.blogspot.com.br/
LIMA, Elinaldo Renovato de. As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de janeiro: CPAD, 2015.
LOPES, Hernandes Dias. 1 Timóteo – o pastor, sua vida e sua obra. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. 2 Timóteo – O testamento de Paulo à Igreja.São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. Tito e Filemom – doutrina e vida, um binômio inseparável. São Paulo: Hagnos, 2009.
OLIVEIRA, Temóteo Ramos de. Manual do Visitador Cristão. Rio de janeiro: CPAD, 2005.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.


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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Lição 7 – Eu Sei em Quem Tenho Crido

SUBSÍDIO PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

3º Trimestre/2015

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2 Timóteo 1.3-8; 2.1-4

TEXTO ÁUREO: “[...] porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia” (2 Tm 1.12). 

INTRODUÇÃO
Esta é a última carta de Paulo, escrita na penumbra do martírio. Era um tempo de graves ameaças à fé cristã. De um lado, o fogo da perseguição soprava com indomável violência. Por outro lado, o assédio dos falsos mestres era assaz audacioso. Muitos crentes estavam abandonando as fileiras do evangelho. Outros esquivavam-se de qualquer ligação com o apóstolo Paulo, o qual estava preso como um malfeitor, sob pesadas acusações, numa insalubre masmorra romana, na antessala do martírio. Apesar de estar velho e cheio de cicatrizes, tendo de suportar o rigor do inverno e o abandono de muitos amigos, Paulo não está, prioritariamente, preocupado consigo mesmo, mas em manter acesa a chama da fé e incontaminado o evangelho de Cristo para as gerações pósteras. O evangelho é maior que os obreiros. Estes passam; o evangelho permanece.

Diante de um mundo que marcha resoluto rumo a mais desavergonhada corrupção, Timóteo deve permanecer fiel às Escrituras, pois são inspiradas por Deus e úteis para levar o povo de Deus à maturidade. O evangelho é insubstituível. É sempre atual. Sempre vivo. Sempre poderoso. Sempre eficaz. Podemos, então, dizer como disse o apóstolo Paulo: “Eu sei em quem tenho crido” (2 Tm 1.12)?

I. ORAÇÕES E AÇÃO DE GRAÇAS (1.3-5)

1. “Ao amado filho” (v.2). Aqui, Paulo reafirma seu profundo amor por Timóteo. Apesar de Paulo se referir a Timóteo como “amado filho”, não se pode provar que Timóteo tenha se convertido por meio do ministério de Paulo. O primeiro encontro deles registrado está em Atos 16.1, em que Timóteo já é descrito como discípulo antes de Paulo chegar a Listra. De qualquer forma, o apóstolo o via como um “amado filho” na fé cristã. “Paulo sabia que logo morreria, talvez por isso, tenha demonstrado, de uma forma tão intensa e emotiva, sua afeição e amor por Timóteo. Isso nos mostra que o líder precisa ter afeição, amor e saber demonstrá-los por aqueles que estão ao sue lado, cooperando na obra do Senhor”. Em 2 Tm 1.3, Paulo fala das incessantes intercessões por Timóteo em suas orações de noite e de dia – “...porque, sem cessar, me lembro de ti nas minhas orações, noite e dia”. Sempre que se dirigia ao Senhor em oração, o grande apóstolo se lembrava de seu querido e jovem colega de trabalho e colocava o nome dele diante do trono de graça. Precisamos de pastores que conheçam a intimidade de Deus pela oração e sejam exemplo de piedade para o rebanho.

2. A sensibilidade de Paulo. “Desejando muito ver-te, lembrando-me das tuas lágrimas, para me encher de gozo” [2 Tm 2.4]. Estas palavras mostram que Paulo sentia uma nostálgica saudade de ver Timóteo. Isto é, sem dúvida, um sinal especial de amor e de estima e que traduz expressamente a graça, a ternura e a humildade de Paulo. Paulo se lembrava das lágrimas de Timóteo quando da despedida deles. Suas lágrimas deixaram uma profunda impressão em seu velho colega de serviço. Alguns estudiosos sugerem que isso ocorreu quando Paulo fora apartado dele pela polícia ou pelos soldados romanos, provavelmente quando Paulo foi preso e levado a Roma para o seu segundo aprisionamento. Paulo não poderia se esquecer e desejava estar com Timóteo de novo para que ele pudesse transbordar de alegria. Ele desejava muito ver Timóteo outra vez, de modo que mais de duas vezes nesta carta ele pediu que Timóteo fizesse o possível para vir vê-lo logo (cf 2 Tm 4.9,21). Hoje, infelizmente, os relacionamentos estão cada vez mais escassos e tímidos.

3. A fé de Timóteo (v.5). Timóteo era um jovem obreiro de caráter exemplar. Sua fé era sincera, verdadeira e não usava máscaras. Era uma “fé sem fingimento”. Observe que é dito que a fé habitou em Lóide e Eunice. A fé não estava nelas como visitante ocasional, mas como moradora permanente. Paulo estava certo de que assim também era com Timóteo. Era a fé não fingida que Timóteo sustentaria, apesar de todas as lutas que teria de enfrentar por causa dela. A educação familiar de Timóteo serve de modelo para as famílias cristãs atuais.

II. A CONVICÇÃO EM DEUS (v.v. 6-14).

1. “Despertes o dom de Deus” (v. 6). Timóteo é incentivado a reativar o dom de Deus que há nele. Não nos é relatado que dom de Deus é esse. Alguns entendem ser uma habilidade especial conferida pelo Senhor para alguma forma de serviço cristão, como, por exemplo, o dom de evangelizar, pastorear ou de ensinar. Parece claro que Timóteo foi chamado para o serviço cristão e a ele foi concedida habilidade especial (vide 1 Tm 4.14). Em vez de pedir a Timóteo que reacendesse um fogo apagado, Paulo o estava estimulando a atiçar um fogo que já estava aceso, para mantê-lo ardendo em labaredas viva. Timóteo não precisava de novas revelações ou novos dons; ele precisava apenas “atiçar” o dom que já tinha recebido, como também ter coragem e autodisciplina para se apegar à verdade nos dias vindouros (vide 2Tm 1.13,14). Ele não deveria desanimar com o fracasso geral ao seu redor (cf 2 Tm 1.7). Nem se tornar profissional no serviço ao Senhor e cair em uma confortável rotina. Ao contrário, ele deveria se preocupar em usar cada vez mais seu dom à medida que os dias se tornassem cada vez mais sombrios (2 Tm 1.8). Quando Timóteo usasse este dom, o Espirito Santo estaria com ele e lhe daria poder. Deus nunca nos dá uma tarefa sem nos capacitar para realizá-la.

Esse “dom” foi concedido a Timóteo “pela imposição das mãos” do apóstolo Paulo. Isso não deve ser confundido com o ritual de ordenação praticado hoje nas convenções de obreiros. O significado é exatamente o que as palavras expressam, isto é, que o “dom” foi concedido a Timóteo no momento em que Paulo impôs as mãos sobre ele. O apóstolo foi o canal pelo qual o dom foi outorgado.

2. “Espírito de fortaleza, e de amor, de moderação” (v. 7). Parece que Timóteo estava enfrentando uma grande oposição à sua mensagem e à sua liderança (veja 1 Tm 4.12). Talvez Timóteo se sentisse intimidado, irado e até mesmo desamparado, face à oposição dos falsos ensinadores. Qualquer que fosse o grau das suas dificuldades, Paulo incentivou a ousadia de Timóteo, lembrando-o do seu chamado e do seu dom (2 Tm 1.6). O medo paralisa e acaba por neutralizar as nossas ações em favor da obra de Deus. O Espírito Santo nos ajuda a superar o medo e nos encoraja a prosseguir. Por isso, o líder precisa ser alguém cheio do Espirito Santo (Ef 5.18).
Paulo, a despeito de estar na antessala do martírio, lembra a Timóteo que:
- “Deus não nos deu espírito de temor, mas de fortaleza...”. Uma força ilimitada está à nossa disposição. Por meio da capacidade do Espírito Santo, o cristão pode servir bravamente, resistir pacientemente, sofrer vitoriosamente e, se necessário, morrer gloriosamente.
- “Que Deus não nos deu espírito de temor, mas de... amor...”. É o nosso amor por Deus que expulsa o medo e faz com que nos entreguemos voluntariamente a Cristo a qualquer preço. É o amor pelos nossos semelhantes que nos estimula a suportar todos os tipos de perseguições e retribuí-los com brandura.
- “Que Deus não nos tem dado espírito de temor, mas de… moderação” ou disciplina. Deus nos deu um espírito de autocontrole e de autodomínio. Devemos ser discretos e não agir sem refletir, de maneira precipitada ou tola. Independente das circunstâncias adversas, devemos cultivar um juízo equilibrado e comportarmos sobriamente. Nós podemos ficar impressionados com um líder que exibe ousadia e poder, mas sem amor ou domínio próprio, esse líder não passa de um “valentão”.

3. Apóstolo dos gentios (v. 11). Para proclamar o evangelho glorioso, referido em 2 Tm 2.8-10, Paulo sofreu prisão e solidão, mas não hesitou em declarar a verdade de Deus. Nenhum temor por sua segurança pessoal fechou-lhe a boca. Agora, mesmo aprisionado em uma cela insalubre, ele não se envergonhava, porque sabia em quem tinha crido e estava certo de que Cristo é poderoso para guardar o seu tesouro até àquele Dia (2 Tm 1.12). E ele pede a Timóteo que “não se envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho [...] para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios” (2 Tm 1.8-11).
Paulo diz que foi designado pregador, apóstolo e doutor (ou mestre) do evangelho. Pregador é o mensageiro que tem por função proclamar publicamente uma mensagem. Apóstolo é aquele que foi divinamente enviado, preparado e autorizado. Doutor (ou mestre) é quem tem como função doutrinar os outros, explicar a verdade de forma compreensível para que possam responder pela fé e obediência. A expressão “doutor dos gentios” enfatiza o seu ministério especial para as nações não-judaicas.

III. UM CONVITE AO SOFRIMENTO POR CRISTO (2.1-13)

1. O fortalecimento na graça (v. 1). À época de Timóteo viver como cristão era um grande desafio. Havia uma crudelíssima perseguição política, uma invasora perturbação dos falsos mestres e uma debandada geral dos crentes. Num cenário tão cinzento, Timóteo, que era jovem, tímido e doente, não poderia permanecer firme sem uma capacitação da graça. A graça não está em Paulo nem na igreja, está em Cristo Jesus. Não há vida cristã vitoriosa sem poder sobrenatural. Esse poder não vem da terra, mas do céu; não vem dos talentos humanos, mas da graça de Cristo Jesus. Jesus já havia deixado isso claro: “Sem mim, nada podeis fazer” (João 15.5). Paulo também já havia escrito: “A nossa capacidade vem de Deus” (2 Co 3.5). Portanto, a capacitação do obreiro, não vem do conhecimento intelectual nem da influencia, vem da graça que está em Cristo Jesus. Os recursos para a realização do ministério não estão em nós mesmos, estão em Cristo. Dele emana todo o poder. Ele é a fonte de toda a capacitação.

2. Soldado de Cristo (v. 3). O apóstolo Paulo neste texto mostra o soldado como uma figura do cristão. Ele já havia ensinado que a vida cristã é uma luta sem trégua contra os principados e potestades e que, por essa razão, todo cristão deve estar revestido com a armadura de Deus, equipado com as armas espirituais. “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo”. O serviço do Senhor é bastante duro; não é um papel indicado para qualquer pessoa. Pelos relatos exarados nas Escrituras Sagradas, parece que as pessoas que são mais usadas por Deus como instrumentos na obra dEle passam por grandes aflições. Não é de admirar então que Paulo exortasse Timóteo para que se fortalecesse a fim de passar por tribulações: " Sofre, pois, comigo, as aflições...”. A vida cristã não é um parque de diversões, mas um campo de batalha. O obreiro não é um turista, mas um soldado. Não vive buscando deleites e prazeres, mas está pronto a sofrer. Muitas vezes, o papel do soldado é colocar seu corpo como parede viva entre o inimigo e aqueles a quem ele ama. É sacrificar-se por aqueles a quem defende. Não há ministério indolor. Não há vida cristã sem sofrimento. Não há cristianismo genuíno sem dor. Sua fidelidade a Cristo certamente lhe acarretará oposição e escárnio. A palavra de Deus desmente as doutrinas de ''parar de sofrer'', que são promulgadas por determinadas igrejas de nossa época. A realidade das duras provações na vida cristã tem assustado vários discípulos que ficam abalados ao ponto de deixar de trabalhar para o Senhor.

3. O lavrador (v. 6). Somente o lavrador que trabalha irá gozar dos frutos do seu trabalho: uma boa colheita. O lavrador sabe que as sementes não se plantam sozinhas; a colheita não irá andando até o celeiro. O lavrador precisa ir ao campo para plantar as sementes, regá-las, protegê-las, arrancar as ervas daninhas, e, finalmente, fazer a colheita. O lavrador não apenas tem o direito aos frutos, mas lhe cabe o privilégio das primícias. Ele não apenas semeia com lágrimas, mas colhe com júbilo. A que colheita Paulo se refere? Primeiro, pode ser à colheita da santidade. Se semearmos no Espírito, colhemos o fruto do Espírito e avida eterna (Gl 5.22; 6.8). Segundo, à colheita de conversões. Cabe ao agricultor semear e regar e compete ao Senhor dar o crescimento (1 Co 3.6,7). Quando o semeador semeia com lágrimas, volta com júbilo, trazendo os seus feixes (Sl 126.5,6). Nenhum lavrador preguiçoso consegue resultados abundantes na lavoura. Dizem as Escrituras: “O preguiçoso não lavra por causa do inverno, pelo que, na sega, procura e nada encontra” (Pv 20.4). Ainda diz a Palavra de Deus “Passei pelo campo do preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento; eis que tudo estava cheio de espinhos, a sua superfície, coberta de urtigas, e o seu muro de pedra, em ruinas” (Pv 24.30,31). Há muitos obreiros que fazem a obra do Senhor relaxadamente. Aquele que exerce o ministério deve fazê-lo com excelência, e isto precisa ser demonstrado tanto no caráter pessoal quanto no exercício de sua função.

CONCLUSÃO 
Mesmo sabendo que em breve iria morrer, Paulo não perdeu sua esperança e fé. Até em seus últimos momentos procurou incentivar e orientar seu filho amado e companheiro de ministério, Timóteo. Seja você também um intercessor e incentivador daqueles que estão labutando na obra do Mestre. Não importa a dureza dos momentos aqui, são leves e momentâneos em comparação com a "glória eterna que pesa mais do que todos eles" (2 Co 4.17). Que aprendamos com o apóstolo Paulo a suportar sofrimentos sem queixa, e que possamos expressar como ele: “por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho, porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia” (2Tm 1.12).


REFERÊNCIAS:
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
BOYER, Orlando. PEQUENA ENCICLOPÉDIA BÍBLICA. Estados Unidos da América: Editora Vida, 1998.
http://luloure.blogspot.com.br/
LIMA, Elinaldo Renovato de. As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de janeiro: CPAD, 2015.
LOPES, Hernandes Dias. 1 Timóteo – o pastor, sua vida e sua obra. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. 2 Timóteo – O testamento de Paulo à Igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.
LOPES, Hernandes Dias. Tito e Filemom – doutrina e vida, um binômio inseparável. São Paulo: Hagnos, 2009.
OLIVEIRA, Temóteo Ramos de. Manual do Visitador Cristão. Rio de janeiro: CPAD, 2005.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.


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